Relação Entre Pressão Arterial e Desempenho Cognitivo em Idosos Praticantes de Musculação
Por Luiz Humberto Souza (Autor), Cíntia Mota Cardeal (Autor), Vânia Tsukuda (Autor), Ricardo Jacó de Oliveira (Autor), Nanci Maria de França (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução e objetivo: O crescimento demográfico brasileiro do grupo etário
acima dos 60 anos tem levado alguns pesquisadores a buscar maiores
informações sobre suas conseqüências no campo da saúde. Neste sentido, é
possível que haja um aumento expressivo de pessoas portadoras de doenças
crônico-degenerativas, especialmente hipertensão arterial. A pressão arterial
pode estar relacionada com a disfunção cognitiva, uma vez que é considerada
um dos maiores fatores de risco para doenças cerebrovasculares (GUO, VIITANEN,
FRATIGLIONI & WINBLAD, 1996; CAVALINI & CHOR, 2003). Devido às contradições
encontradas, estudos epidemiológicos ainda têm analisado a relação entre essas
variáveis. Dessa forma, este estudo busca investigar a associação entre pressão
arterial e função cognitiva em um grupo de idosos. Materiais e Métodos: Foram
selecionados 37 voluntários, com idade entre 60 e 81 anos (68,52±4,89 anos)
praticantes de musculação. A pressão arterial foi mensurada com um
esfigmomanômetro de mercúrio com os sujeitos sentados após repousarem 5
minutos. As pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram definidas
na fase 1 e 5 Korotkoff. A função cognitiva foi avaliada através do teste
psicométrico Mini Exame do Estado Mental (MEEM) (FOLSTEIN, FOLSTEIN &
MCHUGH, 1975). Para associar as variáveis utilizou-se correlação linear de
Pearson, e o nível de significância adotado foi de p = 0,05. Resultados: Foram
encontrados os seguintes valores médios para o MEEM (25,41±3,75), PAS
(125,37±13,51 mmHg) e PAD (80,74±10,8 mmHg). O escore total do MEEM
correlacionou-se de forma significativa com a PAS (r= -0,56; p= 0,003) e PAD
(r= -0,47; p= 0,013). Conclusão: De acordo os resultados obtidos nota-se que
houve uma correlação linear negativa e significativa entre desempenho cognitivo
e os níveis pressóricos.