Resumo

Introdução e objetivo: O crescimento demográfico brasileiro do grupo etário
acima dos 60 anos tem levado alguns pesquisadores a buscar maiores
informações sobre suas conseqüências no campo da saúde. Neste sentido, é
possível que haja um aumento expressivo de pessoas portadoras de doenças
crônico-degenerativas, especialmente hipertensão arterial. A pressão arterial
pode estar relacionada com a disfunção cognitiva, uma vez que é considerada
um dos maiores fatores de risco para doenças cerebrovasculares (GUO, VIITANEN,
FRATIGLIONI & WINBLAD, 1996; CAVALINI & CHOR, 2003). Devido às contradições
encontradas, estudos epidemiológicos ainda têm analisado a relação entre essas
variáveis. Dessa forma, este estudo busca investigar a associação entre pressão
arterial e função cognitiva em um grupo de idosos. Materiais e Métodos: Foram
selecionados 37 voluntários, com idade entre 60 e 81 anos (68,52±4,89 anos)
praticantes de musculação. A pressão arterial foi mensurada com um
esfigmomanômetro de mercúrio com os sujeitos sentados após repousarem 5
minutos. As pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram definidas
na fase 1 e 5 Korotkoff. A função cognitiva foi avaliada através do teste
psicométrico Mini Exame do Estado Mental (MEEM) (FOLSTEIN, FOLSTEIN &
MCHUGH, 1975). Para associar as variáveis utilizou-se correlação linear de
Pearson, e o nível de significância adotado foi de p = 0,05. Resultados: Foram
encontrados os seguintes valores médios para o MEEM (25,41±3,75), PAS
(125,37±13,51 mmHg) e PAD (80,74±10,8 mmHg). O escore total do MEEM
correlacionou-se de forma significativa com a PAS (r= -0,56; p= 0,003) e PAD
(r= -0,47; p= 0,013). Conclusão: De acordo os resultados obtidos nota-se que
houve uma correlação linear negativa e significativa entre desempenho cognitivo
e os níveis pressóricos.

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