Relação Entre a Prestação no Salto em Comprimento e no Triplo Salto e o Desempenho em Testes de Corrida, Impulsão e Força Isométrica
Por Victor Machado Reis (Autor), Rui Cabral (Autor), André Luiz Carneiro (Autor), Antonio José Silva (Autor), Felipe José Aidar (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 8, n 2, 2006. Da página 27 a -
Resumo
A aplicação de baterias de testes é o meio mais usual para avaliar o estado de forma de atletas de diversas especialidades. Assim sucede com os especialistas de saltos horizontais (salto em comprimento e triplo salto). O objectivo do presente estudo foi investigar a relação entre a prestação no Salto em Comprimento e no Triplo Salto e o desempenho em testes de corrida, impulsão e força isométrica. Quarenta e cinco estudantes de educação física do sexo masculino realizaram duas competições, uma de salto em comprimento e outra de triplo salto. Na semana seguinte foram submetidos aos seguintes testes: 1) 20 m de corrida com balanço prévio (20m); 2) impulsão horizontal a pés juntos; 3) triplo salto com apoios alternados e partida parada (TS); 4) teste de força máxima isométrica e de força média isométrica; 5) Squat Jump; 6) Counter Movement Jump; 7) Drop Jump. Os testes de 20m e de TS foram os que demonstraram maior grau de associação com a prestação competitiva nos saltos horizontais e permitiram, em conjunto, explicar cerca de 50% da variância do resultado no triplo salto e no salto em comprimento. Concluímos que os testes de 20m e de TS podem ser usados para predizer a prestação de iniciantes no salto em comprimento e no triplo salto com um erro de predição da prestação aceitável (»6% e »4%, respectivamente). Os resultados também sugerem que testes de terreno de corrida e de impulsão horizontal são preferíveis aos testes de laboratório para avaliar a aptidão de saltadores.