Resumo

O esporte de alto rendimento pode gerar estresse de forma elevada, podendo atuar como catalisador para a manifestação de transtornos mentais como a depressão. Embora seja um problema crescente, as pesquisas na área de saúde mental em atletas de alto rendimento são escassas, em particular em crianças e adolescentes praticantes de vela. Objetivo:  Analisar a associação entre sintomas depressivos e desempenho no ranking nacional de atletas de vela da classe Optmist. Metodologia: Foram avaliados os velejadores inscritos no Campeonato Seletivo 2024, com idade entre 8 e 15 anos e em condições físicas para realização dos testes. Foram coletados os dados de sexo, idade, inventario de depressão infantil (CDI) e posição no ranking brasileiro. O CDI é um questionário autoaplicável que tem por objetivo investigar a presença de sintomas depressivos em indivíduos na faixa etária entre 7 e 17 anos. O inventario gera um escore que vai de 0 a 21 pontos, sendo 17 o ponto de corte que classifica a presença de sintomas depressivos. Os dados foram analisados utilizando a correlação de Spearman por meio do software SPSS. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados estão apresentados como frequência (n) ou média (±desvio padrão-DP). Resultado: A amostra foi composta por 60 velejadores, 70% (42) do sexo masculino, idade 12,6 = (DP ±1,3) anos. A faixa de classificação dos atletas no ranking nacional foi da posição 12 a 168. A média do escorre do CDI foi 8,75 (DP ± 4,091), sendo que apenas 1,6% (1) da amostra atingiu o ponto de corte para presença sintomas depressivos.  As análises de associação entre o desempenho no ranking e o inventario de depressão infantil demonstraram não haver correlação significativa entre as variáveis (rho=0,189, p=0,147). Conclusão: Os resultados do estudo demonstraram não haver associação significativa entre a presença de sintomas depressivos e o desempenho no ranking nacional dos atletas de vela da classe Optimist.

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