Resumo

CONTEXTUALIZAÇÃO: O alongamento muscular é amplamente empregado no tratamento e na prevenção de doenças musculoesqueléticas. Estudos utilizam informações subjetivas do paciente como "desconforto" e "tensão sem dor" para limitar intensidade de alongamento, sem estabelecer uma tensão adequada de estiramento. OBJETIVO: Estudar a relação entre tensão aplicada e informações subjetivas, durante alongamento estático passivo para analise da reprodutibilidade e variações nas informações sensoriais. MÉTODOS: Participaram 20 jovens com idade média de 20 anos (±2,25), sem experiência prévia com programa de alongamento, divididos em dois grupos: G1 - participou de programa de alongamento dos músculos isquiotibiais, G2 sem programa de alongamento. Os grupos foram submetidos a três avaliações para mensurar o torque e a atividade eletromiográfica (EMG), nas posições de sensação de desconforto (SD) sem dor e sensação de desconforto com dor (SDD), por meio de um sistema de aquisição de sinais, constituído de condicionador de sinais, eletrodo bipolar ativo de superfície, célula de carga, eletrogoniômetro, sensor de pressão e modelo biomecânico. RESULTADO: As análises do torque nas posições SD e SDD revelaram comportamento semelhante nos dois grupos, sem diferenças significantes entre as três avaliações (P > 0.05), demonstrando reprodutibilidade das informações subjetivas dos grupos nas duas posições. A EMG nas posições de SD e SDD não mostrou diferença significante com a EMG obtida em repouso. CONCLUSÃO: Este trabalho revelou que a informação da sensação subjetiva de alongamento é confiável, segura e possível de ser reproduzida clinicamente.

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