Relação entre treinamento físico e fibrilação atrial: análise da modulação autonômica cardíaca
Por Daniel Oliveira Zago (Autor), Antônio Da Silva Menezes Júnior (Autor), Gabriel Karia Araújo (Autor), Gabriel Santos De Castro (Autor), Tânita Monteiro E Silva (Autor), Rafael Castro Mendanha Barros (Autor), Matheus Karia Araújo (Autor).
Resumo
Objetivo: Identificar, nos atletas da XXVIII Caminhada Ecológica, a ocorrência de fibrilação atrial (FA) através do exame Holter 24 horas e relacioná-la com possíveis fatores de risco. Métodos: Incluiu-se os interessados no estudo que realizariam treinamento não padronizado de moderada intensidade e aprovados na prova física do evento. Variáveis indicadoras de maior modulação parassimpática (rMSSD, pNN50 e potência High Frequency) foram relacionadas com a FA por meio de razão de prevalência (IC 95%) e teste t de Student (p=0,05). Resultados: A amostra constituiu-se de 17 atletas (13 homens). A maioria (58,82%) treinou por pelo menos 151 dias para o evento, sendo 94,74% praticantes de atividade física regular há mais de 3 anos. A média de tempo de preparo para o evento foi de 350 horas (DP 194,96). A prevalência da FA foi de 35,29%, porém não se relacionou estatisticamente com as seguintes variáveis: horas de treino (2,25; IC 0,595-8,496), sexo do atleta, pNN50 (0,88; IC 0,245-3,217), rMSSD (0,88; IC 0,245-3,217), potência High Frequency (1,12; IC 0,310-4,072). A comparação das médias das variáveis pNN50, rMSSD e potência High Frequency de pacientes com e sem FA não revelou significância estatística (p=0,397, p=0,519 e p=0,669, respectivamente). Conclusão: Apesar da elevada prevalência (35,29%) de FA nos atletas deste estudo, não se correlacionou esse achado com a carga de treinamento ou com maior ação parassimpática cardíaca.