Relação Entre Variáveis da Composição Corporal e Densidade Mineral óssea em Mulheres Idosas
Por Luciane Moreira Chaves (Autor), Lucy Gomes (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 11, n 6, 2005. Da página 352 a 356
Resumo
Na literatura, há controvérsias sobre a importância da massa corporal total (MCT), da massa magra (MM) e da massa gorda (MG) como determinantes da densidade mineral óssea (DMO) em mulheres idosas. OBJETIVOS: Determinar a relação da DMO com a MCT, MM e MG em mulheres idosas. MÉTODOS: Foram estudadas 97 mulheres com idade entre 60-70 anos e média de 66,41 ± 4,82 anos. Nenhuma participante fazia uso de hormônios ou qualquer outro medicamento que pudesse afetar o metabolismo ósseo, assim como não tinham o hábito de fumar ou de ingerir bebidas alcoólicas. A composição corporal e a DMO do colo femoral (CF) e da coluna lombar (CL) foram medidas através da DXA, um DPX-IQ lunar. As relações entre MCT, MM e MG e a DMO do CF e da CL foram realizadas separadamente, através da análise de regressão linear. A análise de regressão múltipla foi utilizada para determinar a contribuição da MCT, MM e MG sobre a DMO do CF e da CL. RESULTADOS: A MCT mostrou-se fortemente correlacionada com a DMO do CF e da CL (r = 0,54, p = 0,01 e r = 0,37, p = 0,01, respectivamente), do que a MG (r = 0,30, p = 0,01 e r = 0,19, p = 0,06, respectivamente) e MM (r = 0,44, p = 0,01 e r = 0,26, p = 0,05, respectivamente). CONCLUSÃO: A MCT e a MM foram os componentes corporais que mantiveram relação significativa com a DMO do CF e da CL. A MG mostrou correlação fraca com a DMO do CF e da CL, não sendo estatisticamente significativa neste último sítio. Assim, a MCT e a MM são, entre as variáveis da composição corporal, as que mais significativamente determinam a DMO em mulheres idosas