Relação da Força Explosiva e Potência Muscular com a Capacidade Funcional no Processo de Envelhecimento
Por Rodrigo Maciel Andrade (Autor), Sandra Marcela Mahecha Matsudo (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 16, n 5, 2010.
Resumo
INTRODUÇÃO: O declínio na força explosiva e potência muscular de membros inferiores (MMII) tem sido relacionado ao prejuízo funcional de idoso; entretanto, a influência do envelhecimento nestas variáveis, considerando os movimentos multiarticulares, não tem sido bem documentada.
OBJETIVOS: 1) comparar a força explosiva e a potência muscular de MMII de mulheres entre 50 e 79 anos em relação aos valores de referência aos 18 anos; e 2) associar essas variáveis com a capacidade funcional.
MÉTODOS: Foram avaliadas 227 mulheres não sedentárias, subdivididas nos grupos 50-59, 60-69 e 70-79 anos de idade. Como força explosiva foi considerada a impulsão vertical sem auxílio dos braços (FE) e como capacidade funcional a velocidade normal de andar (VEL), o tempo para levantar da cadeira (CAD) e o equilíbrio estático (EQ). A potência muscular (POT) foi estimada pela altura obtida no salto vertical. O valor correspondente aos 18 anos foi considerado como referência.
RESULTADOS: Foram observados menores valores (p < 0,05) em FE e POT nos três grupos de idade comparados aos 18 anos, sendo tais variáveis ainda menores no grupo 70-79 anos (p < 0,05). Somente o grupo 70-79 anos apresentou menor valor (p < 0,05) em VEL e EQ. A alteração em FE comparada à POT foi significativamente maior em todos os grupos (p < 0,05). À exceção da variável CAD nos grupos de 50-59 e 70-79 anos, a FE apresentou maior associação com a capacidade funcional do que a POT.
CONCLUSÃO: FE e POT apresentaram menor valor quando comparadas ao grupo de 18 anos; entretanto, a POT não se altera em função da faixa etária. Contudo, a FE apresentou maior associação com a capacidade funcional.