RelaÇÃo de Medidas AntropomÉtricas e Fatores de Risco Cardiovasculares
Por José Mário de Souza-e-sá Júnior (Autor), Marcos Alexandre Monteiro Gomes (Autor), Carla Cristina Pimenta Alcaraz (Autor).
Em Revista de Educação Física - Centro de Capacitação Física do Exército, n 136, 2007. Da página 38 a 46
Resumo
Variáveis antropométricas têm se mostrado associadas ao risco de doenças cardiovasculares pela literatura científica. Este estudo, de corte transversal, teve por objetivo descrever as características antropométricas de sujeitos com IMC ≥ 28 kg.m-2, bem como avaliar relações com indicadores de risco cardiovascular. A amostra foi constituída por 19 militares da ativa, com idade de 38,1 ± 7,8 anos, massa corporal de 89,3 ± 7,1kg, estatura de 172,7 ± 5,6cm, relação cintura/quadril de 0,93 ± 0,05 e percentual de gordura corporal (%G) de 24,9 ± 4,2, este último aferido pelo método da Pesagem Hidrostática. Foram dosados os níveis séricos de colesterol total (CT), HDL-c, LDL-c, triglicerídeos e glicemia de jejum. O estabelecimento da associação entre as variáveis foi feito pelo coeficiente de correlação de Spearman e, para a análise dos dados de maneira categorizada, utilizou-se o teste exato de Fisher (p<0,05). Os resultados mostraram correlação inversa entre a circunferência da cintura de Han, a glicemia de jejum e %G. O IMC>30kg.m-2 se mostrou associado ao aumento da prevalência de hipercolesterolemia e à diminuição da prevalência de indivíduos com HDL-c>40mg.dl-1. A freqüência semanal de atividade física (>3 sessões) mostrou influência inversa na prevalência de sujeitos com IMC>30kg.m-2. A TMR>1150kcal diminuiu a prevalência (p<0,05) de sujeitos com glicemia em jejum>100mg.dl-1, hipercolesterolemia e hipertensão referida. Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares, Gasto Energético, Militares, Nível de Atividade Física, Fatores de Risco.