Relação quantitativa entre atividade física e anti-hipertensivos em idosas
Por Claudio Andre Barbosa de Lira (Autor), Rafaela Gomes dos Santos (Autor), Ariádny Brandão Gomes (Autor), Douglas de Assis Teles Santos (Autor), Marilia Santos Andrade (Autor), Pantelis Theodoros Nikolaidis (Autor), Beat Knechtle (Autor), Thomas Rosemann (Autor), Rodrigo Luiz Vancini (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 30, n 1, 2024.
Resumo
A atividade física é uma importante ferramenta no manejo da hipertensão arterial sistêmica. No entanto, pouco se sabe sobre a relação entre a atividade física e a quantidade de anti-hipertensivos usados por idosos.
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi realizar uma comparação entre o número de anti-hipertensivos usados por idosas (≥ 60 anos) com baixo nível de atividade física com o número usado por aquelas com alto nível de atividade física, verificando quantas participantes usaram mais de dois anti-hipertensivos.
Métodos:
Vinte e oito idosas fisicamente ativas com hipertensão arterial sistêmica que participavam de um programa de atividade física para idosas da comunidade foram divididas em dois grupos: as participantes que apresentaram níveis mais baixos de atividade física habitual foram colocadas no grupo 1 e as participantes que apresentaram maiores níveis de atividade física foram colocados no grupo 2, de acordo com o questionário de Baecke. Ademais, coletou-se o número de medicamentos anti-hipertensivos utilizados pelas participantes.
Resultados:
O número de fármacos anti-hipertensivos prescritos foi de 2,0 (mediana) para ambos os grupos investigados. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto ao número de comprimidos anti-hipertensivos prescritos (p>0,05). Embora não tenha havido diferença estatística, uma maior proporção de participantes entre o grupo de menor atividade física utilizava mais de dois anti-hipertensivos.
Conclusão:
O nível de atividade física habitual não afetou a quantidade de comprimidos anti-hipertensivos utilizados pelas idosas hipertensas. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos - Investigação dos resultados do tratamento.