Resumo

Objetivo: verificar a relação entre o tempo utilizado assistindo TV, o nível de atividade física e a aptidão física de escolares de ambos os sexos de uma região de baixo nível sócio-econômico.
Métodos: o estudo faz parte do Projeto Longitudinal de Crescimento e Desenvolvimento e Aptidão Física de Ilhabela. Foram avaliados 233 escolares de uma escola municipal com faixa etária de 9 a 15 anos, sendo 119 meninos (10,8 ± 1,8 anos) e 114 meninas (10,7 ± 1.8 anos). Para avaliar o nível de atividade física foi utilizado o questionário “y outh Risk Behavior Surveillance System” (y RBSS). A comparação dos grupos classificados de acordo com o tempo de TV foi feita por meio de ANOVA “One Way” e post-hoc Scheffé, e a associação entre o tempo de TV e a aptidão física por correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de p<0,01.
Resultados: de acordo com o gasto energético estimado em METs, 12,9% da amostra foi classificada como sedentária, 36,1% insuficientemente ativa, 35,2% ativa e 15,9% como muito ativa. Não foram encontradas diferenças significativas entre o gasto energético e os gêneros, nos quatro níveis de atividade física. O tempo médio de TV foi de 3,7±2,4 horas, sendo que no sexo masculino foi de 3,6± 2,3 horas e no feminino 3,8 ± 2,5 horas. As associações entre tempo de TV e as variáveis da aptidão física foram consideradas baixas e não apresentou diferenças significativas.
Conclusão: não houve relação entre o tempo de TV e as variáveis da aptidão física de escolares de uma região de baixo nível sócio-econômico.
 

Acessar