Resumo

Para a realização de atividades motoras, a força, flexibilidade e massa muscular são componentes importantes, que repercutem diretamente sobre a qualidade de vida, saúde e longevidade do idoso. Assim, os testes de avaliação da flexibilidade, força muscular, nível de atividade física e desempenho associados a quantificação de massa muscular (MM) podem ser de grande utilidade na avaliação da capacidade física do idoso. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar idosas fisicamente ativas participantes do programa UATI-UFTM e correlacionar as variáveis força e flexibilidade muscular com o índice de massa corporal (IMC), índice cintura quadril (ICQ), estimativa da Massa Muscular (MM) e índice de massa muscular (IMM). Trata-se de um estudo observacional transversal e analítico, desenvolvido no programa Universidade Aberta a Terceira Idade da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UATI - UFTM). Foram incluídos no estudo, 25 idosas, regularmente matriculadas no programa UATI - UFTM com idade acima de 60 anos e classificadas como ativas ou muito ativas pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) - forma curta. A idade média do grupo foi de 66,6 (±6) anos. A força muscular foi avaliada pela Força de Preensão Palmar (FPP). A flexibilidade pelo teste sit and reach utilizando o banco de Wells. E as variáveis antropométricas por fita métrica inelástica graduada em centímetros. A partir das circunferências da panturrilha, coxa e braço foi estimada a MM e índice de massa muscular (IMM) das idosas. A correlação entre as variáveis foi verificada pelo teste de correlação de Pearson com de índice de significância de 5%. Para a análise dos dados foi utilizado o software SPSS19. Os resultados demonstraram que as idosas apresentaram FPP de 24,90(±6,52) Kg/f; flexibilidade 20,86 (±9,8); ICQ 0,87(±0,07) cm; IMC 30,77(±5,85); estimativa de MM 36,64(±7,54) Kg; IMM 15,80(±3,36) Kg/m2. Foram encontradas correlações baixa positiva entre IMC e ICQ (r=0,43); alta positiva entre MM e IMC (r=0,77); alta positiva entre IMM e IMC (r=0,83); muito alta positiva IMM e MM (r=0,92); baixa positiva entre FPP e MM (r=0,40) e correlação fraca negativa entre elasticidade e IMC (r=-0,42) e elasticidade e IMM (r= -0,38), todas com p<0,05. As correlações entre FPP e IMC (r=0,14), FPP e IMM (r=0,22) e elasticidade e MM (r=-0,24) foram classificadas como pequenas e não foram estatisticamente significativas. A moderada e alta correlação do IMC com a MM e IMC indicam que a antropometria foi efetiva para avaliação da composição corporal das idosas. A moderada correlação da FPP com a MM indica que outros fatores podem estar envolvidos no desenvolvimento da força muscular das idosas. A correlação negativa do IMC com a flexibilidade sugere que o peso deve se observado com cautela em idosas, pois o excesso do mesmo pode contribuir com a diminuição da flexibilidade muscular.

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