Resumo

O objetivo deste estudo foi viabilizar a utilização da esteira rolante não motorizada (ENM) em corrida atada com sensor de carga para obtenção de potência de corrida, em homens ativos fisicamente. Além disso, analisar possíveis correlações entre os valores de capacidades aeróbias e anaeróbias obtidos no teste convencional de Potência Crítica e all-out de três minutos realizados em esteira rolante não motorizada, e teste de Lactato mínimo realizado na esteira rolante motorizada. Para isto, dez indivíduos do sexo masculino, com a faixa etária média de 23 ± 4 anos compareceram ao laboratório nove vezes, para a coleta dos dados. Nas duas primeiras, foram concretizadas a avaliação antropométrica e a adaptação ao ergômetro. Após essa adaptação, foram utilizadas quatro visitas para aplicação do protocolo convencional de determinação da potência crítica. Para realização do teste e reteste de all-out de três minutos (AO3) foram utilizadas mais duas visitas, seguidas de mais uma para aplicação do teste de Lactato mínimo. É importante ressaltar que foi respeitado um intervalo de no mínimo 24 horas entre todos os testes para recuperação muscular dos avaliados. Além disso, com a escessão da adaptação aos ergômetros e antropometria. Os dados coletados foram posteriormente inseridos em pacote estatístico Statistica 6.0 (Statsoft, EUA), SPSS 16.0 para Windows (SPSS Inc., EUA) , verificada a normalidade da distribuição pelo teste de Shapiro-Wilk e a homogeneidade pelo de Levene, para decisão de uso de estatística paramétrica (Anova One-way e Two-way e quando necessário post-hoc Newmann Keuls, para comparação das variáveis. Teste t de Student e teste de correlação de Pearson e intra classe (ICC) de concordância absoluta também foram aplicados. Para todas as análises foi adotado nível de significância de p ? 0,05. Os principais achados da presente pesquisa sugerem que AO3 em corrida atada na ENM é uma metodologia reprodutível. Além disso, fundamentado nos valores de r2, ausência de diferenças estatísticas entre todas as aplicações, e alta correlção entre os modelos da potência crítica convencional e AO3, podemos concluir que os testes de potência crítica convencional e AO3 em corrida atada na ENM, e LM em corrida atada na EM são metodologias viáveis para obtenção de parâmetros fisiológicos de capacidade aeróbia em unidade de potência mecânica, em ergômetro específico para corredores. Em relação aos parâmetros anaeróbios de capacidade, a aplicação de AO3 parece ser mais confiável pela maior coerência aos valores encontrados na literatura. 

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