Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar a validade do limiar anaeróbio individual (IAT) e do limiar anaeróbio (LAn) para predizer a intensidade de exercício correspondente à máxima fase estável de lactato (MLSSintens) durante o ciclismo em indivíduos treinados. Nove ciclistas treinados do sexo masculino (20,6 ± 2,3 anos, 69,1 ± 9,9 kg, 177,5 ± 5,0 cm) realizaram em uma bicicleta de frenagem mecânica um teste incremental máximo pata determinar o LAn e o IAT e de 2 a 4 testes de carga constante para determinar a MLSSintens. O LAn foi determinado como sendo a intensidade correspondente a 3,5 mM de lactato sanguíneo. O IAT foi determinado de acordo com as mudanças nas concentrações de lactato durante e após o exercício incremental. A MLSSintens foi definida como a maior carga na qual a concentração de lactato sanguíneo não aumentou mais do que 1,0 mM entre o 100 e o 300 minuto do teste de carga constante. Os dados foram analisados pela ANOVA ONE-WAY para dados repetidos e pelo teste de correlação de Pearson. Em todos os testes foi adotado um nível de significância de p < 0,05. Não foram encontradas diferenças entre a MLSSintens (282,1 ± 23,8 W), LAn (274,8 ± 24,9 W) e IAT (276,1 ± 36,9 W). A MLSSintens foi significantemente correlacionada com o LAn (r = 0,77). A correlação entre MLSSintens e IAT não foi significante (r = 0,53). Pode-se concluir que o LAn apresentou maior validade do que o IAT para predizer a MLSSintens durante o ciclismo em indivíduos treinados. PALAVRAS-CHAVE: limiar anaeróbio, lactato, ciclismo.

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