Relações entre território e ginástica para todos
Por Getúlio Furtado Marinho (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
O território na “Geografia Crítica Cultural” possui um conceito polissêmico, é entendido como local envolto de questões históricas, políticas, econômicas e culturais, para além de um espaço definido e delimitado por meio das relações de poder (Abrão, 2012). Compreendemos a Ginástica Para Todos (GPT) como lugar de identidades e afetos capaz de formar pessoas, sentimentos e representações, além de reforçar valores culturais e territoriais (Toledo; Silva, 2020). Tal congruência aguçou inquietações para realizar essa pesquisa. Objetivo: Buscamos entender como autores relatam relações entre GPT e território em processos pedagógicos. Metodologia: Neste ensaio realizamos uma pesquisa bibliográfica onde há relações evidentes entre GPT e território nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico, além dos anais do Fórum Internacional de Ginástica Para Todos entre 2018 e 2024. Resultados: Encontramos duas pesquisas que tratam especificamente o tema abordado, relevantes para este ensaio qualitativo, bem como inúmeras pesquisas que tratam culturas regionais como temáticas para coreografias de GPT e outras que se referem a mesma como fenômeno no “Espaço Geográfico Político” do Brasil, ambas desconsideradas nesse momento. Conclusões: Assim como o território, a GPT vive em constante dinamicidade, sofre influências locais e pessoais. Pode ser movida por forças empíricas, federativas ou acadêmicas capazes de influenciar as percepções de identidade territorial de grupos e espectadores dos festivais (Toledo; Silva, 2020). A partir dessa premissa, identificamos a importância de considerar o território em práticas pedagógicas de GPT com planejamentos estratégicos apropriados de ferramentas didáticas para atuar nas construções coletivas, processos de aula e composições coreográficas com abordagens sobre problemas sociais e interesses relativos à identidade cultural dos alunos. Concluímos que a GPT pode ressignificar um território e com uma identidade própria retratar a forma de ser dos seus indivíduos e grupos de maneira genuína e exclusiva (Schiavon; Toledo, 2022). Para que haja aprofundamento nessa teoria sugerimos pesquisas práticas que ampliem a compreensão dessa relação.