Resumo

A proposta do subprojeto de educação Física do PIBID (Projeto institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) oferecida pela UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz), é promover o ensino dos conteúdos da Educação Física, nas perspectivas críticas: crítico-superadora e emancipatória. Apesar da carência de adotarmos uma educação crítica, muitos professores de EF se mantêm arraigados a concepções metodológicas tradicionais, incapazes de possibilitar aos alunos, a compreensão da realidade em que estão inseridos. Para agravar essa situação, constantemente nos deparamos com o discurso de que a utilização de uma pedagogia crítica, sobretudo nessa área de conhecimento, é inviável, diante de dificuldades como, por exemplo: a desvalorização do curso, influencia do esporte competitivo, a que estamos expostos. Então, ao compreenderem as dificuldades encontradas no caminho da mudança como obstáculos, esses educadores se dão por vencidos e assume uma postura fatalista, contribuindo para a manutenção das condições que submetem seres humanos ao preconceito, discriminação e exploração. O relato a seguir busca corroborar a ideia de que é possível utilizar uma pedagogia comprometida com a transformação social. A região Sul da Bahia possui três cursos de formação de licenciatura em EF, sendo um estadual e dois privados. As diretrizes curriculares da Educação Física na Bahia se encontra em fase de conclusão, mas é possível observar através dos campos de estágio que todos os profissionais que atuam na escola possuem graduação, mas sem um referencial, adotam uma diversidade de trabalhos pedagógicos e a grande maioria destes falta fundamentação teórica.
Alencar e Lavoura (2012) ao analisar o trato com o conhecimento na educação física escolar e as diretrizes curriculares da Bahia, perceberam que falta uma organização do trabalho pedagógico com os conteúdos da cultura corporal.
Com relação à Educação Física, observa-se, também, este rebaixamento e diminuição do conhecimento acerca das possibilidades de acesso e usufruto de um acervo histórico construído pelo homem denominado de cultura corporal, a qual se materializa por meio do jogo, do esporte, da dança, da ginástica, das lutas e da capoeira (ALENCAR E LAVORA, 2012, P 161).

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