Resumo

Tem sido cada vez maior o envolvimento de mulheres em atividades físicas. Devido à alta competitividade no esporte, muitas mulheres têm sido submetidas a programas de treinamento extenuantes, podendo, assim, desenvolver graus variados de disfunções reprodutivas, como irregularidades menstruais e, mesmo, infertilidade. Percebe-se que o estresse pela própria atividade física, estresse psicológico, baixa disponibilidade de fontes calóricas comparado ao consumo energético, diminuição de peso corporal e do percentual de gordura corporal têm sido responsabilizados pelas disfunções reprodutivas associadas ao exercício físico. Neste estudo, objetivou-se investigar a repercussão do exercício físico aeróbio sobre a função reprodutiva em jogadoras de voleibol. Neste sentido, jogadoras de voleibol foram avaliadas quanto ao desenvolvimento de irregularidades menstruais, bem como quanto ao comportamento dos níveis plasmáticos de cortisol após 12 semanas de treinamento isolado de voleibol, e, depois de mais 12 semanas do treinamento de voleibol associado a um trabalho aeróbio. O nível plasmático do cortisol, como variável indicativa de estresse, foi avaliado antes do início do estudo, com 12 e 24 semanas de atividades. Foram avaliadas 10 atletas femininas de uma equipe de voleibol, entre 12 e 17 anos. Embora, as atletas tenham obtido um aumento significativo do VO2máx, demonstrando uma efetividade do treinamento físico aeróbio, além de uma diminuição do índice de massa corporal e do percentual de gordura corporal, não se observou o surgimento de irregularidades menstruais nem alterações significativas do cortisol plasmático. Esses resultados diferem do observado na literatura, sugerindo que uma amostra maior seja necessária para avaliar a influência do exercício físico sobre a função reprodutiva nestas condições. Palavras-chave: Cortisol, exercício aeróbio, VO2máx, índice de massa corporal. 

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