Resumo

Hoje em dia a sauna (banho de calor típico finlandês) está bastante difundida em toda a Europa e América do Norte, fazendo parte integrante das actividades de lazer e fitness. Embora se defenda que um banho de sauna, no geral, engloba duas fases (aplicação de ar seco a elevada temperatura - fase de aquecimento -, seguida de um duche ou banho de água fria - fase de arrefecimento) (13), é na fase de aquecimento que a sua acção encontra maior destaque (1, 14). De facto, o calor parece favorecer o relaxamento muscular, ajudando mesmo a reduzir a astenia, e poderá ter, além de alguns efeitos fisiológicos na tensão sanguínea, na ventilação e no metabolismo, entre outros (1, 3, 7, 12, 13), um resultado benéfico para o estado de saúde do indivíduo. Tendo em conta os poucos dados científicos existentes, pretendemos com este trabalho verificar se as repercussões orgânicas observadas poderão constituir um risco para o indivíduo ou se, pelo contrário, os resultados pressupostamente favoráveis da sauna são efectivamente obtidos. Para isso foram estudados, em termos agudos, alguns parâmetros funcionais cardiovasculares (tensão arterial (TA) e frequência cardíaca (FC)), bioquímicos sanguíneos (ionograma, lactatemia, e glicemia), hematológicos (hemograma e leucograma) e urinários (urina tipo II), e ainda, a variação da temperatura rectal (TR) e peso médio (PM), em indivíduos submetidos a uma sessão de sauna apenas com a fase de aquecimento.