Representações de Corpo Para Bailarinos: do Valor ético às Formas Estéticas
Por Leonéa Vitoria Santiago (Autor), Miguel da Conceição (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O corpo ocupa de fato um lugar social, pois todas as pessoas ao nascer, nascem situadas em algum lugar no espaço, quer seja político geográfico quer seja sócio cultural, todos de alguma maneira, são identificados e exprimem espaço de pertença, na sociedade. As técnicas corporais, todo seu movimento está ligado a um sistema cultural, simbólico que atua inconscientemente no corpo. O estudo procurou identificar, a partir da Teoria das Representações Sociais, os sentidos de corpo, atribuídos por bailarinos profissionais, de ambos os gêneros, com a faixa etária entre 17 e 48 anos. Pesquisa qualitativa deu enfoque à compreensão dos sujeitos, suas subjetividades acerca do corpo próprio. Escolas de ballet na cidade de Maceió foram os ambientes naturais para recolha de dados, com entrevistas semiestruturadas, transcritas e respostas organizadas em categorias, considerando as influências do ballet profissional nas representações de corpo. Análise de conteúdo possibilitou organizar as categorias do entendimento, a saber: – corpo e alma/existência, corpo instrumento/ferramenta, corpo obra de arte, corpo expressão de sentimento, corpo função motora e estética. O duo antropológico corpo/alma se fez presente nos discursos circulantes. O corpo no ballet é orientado por um conjunto de informações adquiridas, construídas e exploradas. Ele emerge da escuta de si e das relações que estabelece na prática do vivido. O corpo cênico surge do referencial somático, incluindo aprendizagem das mais variadas técnicas, onde ética e estética caminham juntas e se identificam com a vida quotidiana dos bailarinos.