Resumo

As atividades de aventura apresentam notoriedade e crescimento em função do surgimento de novas modalidades e, consequentemente, do número de adeptos a essas práticas. De fato, há um sentimento de ampliação tanto no número de modalidades quanto no volume de praticantes. Mas será que esse tipo de prática é algo desejado e difundido entre todos os grupos e perfis? Este estudo abordou sujeitos da região metropolitana da cidade de Arapongas, Paraná, com o objetivo de caracterizar a demanda potencial e o interesse pela prática de atividades de aventura. Trata-se de uma pesquisa exploratória, tipo survey, replicando metodologicamente o estudo de Pimentel e Saito (2010). A amostra foi composta por 50 pessoas com idades entre 14 e 45 anos, apresentando perfil diversificado. Destes 25% afirmaram ter experiência em, pelo menos, uma atividade de aventura. A seleção foi de forma aleatória no centro da cidade e nos bairros. A análise dos dados se estabeleceu através de correlações entre as respostas e os eixos cidade/região, faixa etária, profissão e escolaridade. No campo esportivo o rapel foi o mais lembrado com 75%, seguido pelo paraquedismo com 58%, motocross com 48%, skate e montain bike com 44%. Entre as características marcantes dos praticantes de esporte de aventura encontra-se: pessoas entediadas com a rotina com 66% dos entrevistados, classe social com 34%, desequilibrados/loucos/malucos com 8%, condicionamento físico 8%, turistas e indivíduos de férias com 8%, corajosos e aventureiros com 4%, e em busca de autoconhecimento 2%. Porém, existem diferenças entre o perfil imaginado pelo não-praticante e aquele representado pelo praticante. Concluiu-se por meio dos resultados obtidos que o perfil dos consumidores deste mercado de aventura concentra-se na maioria homens, pertencentes a um grupo social de classe média, preocupados principalmente com a qualidade de vida.