Resumo

Na França, a sociologia de Pierre Bourdieu foi quer detestada e ignorada quer venerada, duas atitudes que não condizem com uma vida científica saudável, a qual requer uma crítica argumentada e racional. Agora que Pierre Bourdieu morreu, parece urgente pensar os prolongamentos críticos de sua obra de modo a manter viva a herança científica que ele nos legou. Três continuações são evocadas aqui: a primeira diz respeito à sua concepção do trabalho intelectual; a segunda, à sua teoria “disposicionalista” da ação (teoria do habitus); e a terceira, ao modo como pensava a diferenciação social (teoria dos campos).