Reprodutibilidade da Contração Voluntária Máxima de Preensão Manual em Hipertensos Adultos
Por Breno Farah (Autor), Marilia Correia (Autor), Sérgio Rodrigues (Autor), Raphael Mendes Ritti Dias (Autor), Bruno Cavalcante (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 19, n 5, 2014.
Resumo
Estudos de metanálise têm indicado que o treinamento isométrico de handgrip promove redução importante da pressão arterial em hipertensos. Como a prescrição do treinamento é baseada no percentual da contração voluntária máxima (CVM), torna-se importante identificar os indicadores de reprodutibilidade dessa variável em hipertensos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi analisar os indicadores de reprodutibilidade do teste da CVM de preensão manual de indivíduos hipertensos. Treze hipertensos com idade entre 45 e 78 anos, sem experiência com teste da CVM de preensão manual, participaram do presente estudo. A força de preensão manual foi obtida em dois dias distintos no mesmo horário e com intervalo de sete dias. Para tanto, foi utilizado um dinamômetro com display digital ajustável e calibrado com escala de 0 a 100 kgf. Foi observada diferença significante entre os dois dias, com variação média de 1kgf (p<0,05). O coeficiente de correlação intraclasse variou de 0,986 a 0,989, enquanto que o coeficiente de variação de 3,0 a 3,5%. A análise de Bland-Altman demonstrou boa concordância entre os dias. Em ambos os braços foi observada diferenças estatisticamente significante entre a primeira tentativa no Dia 1 com as demais tentativas (p<0,05), enquanto nenhuma diferença significante foi observada entre a segunda e a terceira tentativa (p>0,05). Em conclusão, os resultados deste estudo indicam que a medida da CVM de preensão manual em indivíduos com hipertensão apresenta bons indicadores de reprodutibilidade, e, apenas um dia de teste, com pelo menos duas tentativas, é necessário para identificação da força máxima no teste.