Reprodutibilidade do Teste Anaeróbio de Wingate em Ciclistas
Por B. Madrid (Autor), E. Pardono (Autor), D. L. Farias (Autor), R. Y. Asano (Autor), R. J. S. Silva (Autor), Herbert Gustavo Simões (Autor).
Em Motricidade v. 9, n 4, 2013. Da página 40 a 46
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a reprodutibilidade de variáveis específicas do teste anaeróbio de Wingate e de alguns marcadores fisiológicos e percetuais associados ao teste em ciclistas treinados. Quinze ciclistas do sexo masculino realizaram três testes, com intervalo mínimo de 48 horas entre cada sessão, com carga correspondente a 0.087 vezes a massa corporal de cada voluntário. Foram mensuradas a potência pico, potência média, potência mínima, índice de fadiga, frequência cardíaca, perceção subjetiva de esforço e concentração de lactato. Foi verificada a normalidade dos dados, aplicada Anova One Way para medidas repetidas, com post-hoc de Tukey, foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse e a técnica de concordância de Bland-Altman. Não foram encontradas diferenças significativas na potência pico, índice de fadiga, concentração de lactato, frequência cardíaca e perceção subjetiva de esforço entre os testes. Destas, a potência pico, frequência cardíaca e perceção subjetiva de esforço apresentaram valores elevados e significativos de coeficiente de correlação intraclasse entre cada teste e entre os três testes (variando entre .797 e .975). Ainda, a potência pico apresentou boa concordância entre os testes através da técnica de Bland-Altman. Em suma, o teste anaeróbio de Wingate apresentou alta reprodutibilidade para a potência pico, a frequência cardíaca e a perceção subjetiva de esforço em ciclistas treinados.