Resumo

O futebol é, inegavelmente, parte da vida dos brasileiros. O termo no masculino é literal e intencional, pois ser homem em nossa sociedade parece exigir, entre outras coisas, ao menos que o sujeito tenha um time de futebol para torcer. As mulheres também torcem e jogam, mas sua participação parece ínfima diante da mobilização masculina para esse esporte. De tão culturalmente enraizado, até nos passa a sensação de que eles nasceram assim, com o gene do futebol inscrito em seus pés.

Esse “universo da bola” possui um saber público e dinâmico do tipo “zona de rebaixamento; rodadas e classificações; quem sobe e quem desce nas divisões; rodada da semana e seus resultados”, todos com uma lógica própria de funcionamento que demanda uma dedicação muitas vezes incompreensível por nós, mulheres. Uma norma comum parece ser que todo bom torcedor precisa saber narrar, ao menos, um momento marcante do futebol para sua vida: aquela jogada inesquecível, o gol mais emocionante, aquele sabor de “virada” no último minuto do jogo

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