Resiliência e saúde mental em atletas de diferentes níveis
Por Leonardo Cavalheiro Scarpato (Autor), Alexandre Slowetzky Amaro (Autor), Paula Teixeira Fernandes (Autor).
Em Revista Brasileira de Psicologia do Esporte v. 12, n 3, 2022.
Resumo
Este estudo investigou a resiliência como fator de proteção à saúde mental de atletas durante a pandemia COVID-19. Foram avaliados 129 atletas [Homem = 71(55%), Mulher = 58(45%)] de ambos os sexos (Midade = 30; DP = 12,88 anos) por meio do questionário de caracterização, escala de resiliência, inventário de ansiedade de Beck e escala de estresse de LIPP. Os resultados mostram que mulheres alcançaram maiores escores de sintomas de ansiedade (χ2 = 13,8; p = 0,002) e estresse (χ2 = 20,8; p = 0,001) que os homens. Resiliência psicológica, sintomas de ansiedade e estresse diferiram entre atletas de diferentes perfis e níveis de desempenho. A resiliência psicológica previu 56% da variância da ansiedade em paratletas (p < 0,05), 18% em atletas-amadores (p < 0,01) e 23% em atletas universitários (p < 0,001). Na variável sintomas de estresse, a resiliência psicológica previu 49% da variância em paratletas (p < 0,05), 32% em atletas profissionais (p < 0,001) e 17% nos universitários (p < 0,01). Os resultados deste estudo reforçam a importância da resiliência psicológica sob a saúde mental de atletas. Este estudo investigou a resiliência como fator de proteção à saúde mental de atletas durante a pandemia COVID-19. Foram avaliados 129 atletas (Midade=30, DP=12,88 anos) por meio do questionário de caracterização, escala de resiliência, inventário de ansiedade de Beck e escala de estresse de LIPP. Os resultados mostram que mulheres alcançaram maiores escores de sintomas de ansiedade (p = 0,002) e estresse (p = 0,001) que os homens. Resiliência, sintomas de ansiedade e estresse variam entre atletas de diferentes perfis e níveis de desempenho, com os atletas profissionais e de nível internacional alcançando maiores escores de resiliência e menores de sintomas de ansiedade e estresse. A resiliência previu 56% da variância nos paratletas (p < 0,05), 18% nos atletas-amadores (p < 0,01) e 23% nos atletas universitários (p < 0,001) nos sintomas de ansiedade e, 49% da variância nos paratletas (p < 0,05), 32% nos profissionais (p < 0,001) e 17% nos universitários (p < 0,01) nos sintomas de estresse. Nossos achados mostram que as mulheres constituem o principal grupo de risco e a resiliência é um importante fator de proteção à saúde mental entre atletas.