Resumo

Altos índices de resistividade na carótida em pessoas idosas, surgem em conseqüência, principalmente, dos maus hábitos de vida relacionados às atividades desempenhadas no dia-a-dia e à alimentação. Este estudo multidisciplinar teve por objetivo avaliar e correlacionar a resistência da artéria carótida e a autonomia funcional em mulheres idosas. Foi realizado um estudo descritivo exploratório de corte transversal sendo a amostra composta por 27 senhoras, advindas de projetos sociais de pastorais de igreja da cidade de Teresina Pi. Foi aplicado o questionário de liberação para a atividade física (PAR-Q). A resistência das artérias carótidas foi avaliada por aparelho de ultra-som de alta resolução com Doppler e a autonomia funcional através de cinco testes do protocolo do Grupo de Desenvolvimento Latino-americano da Maturidade (GDLAM), simulando atividades da vida diária. Os dados foram analisados pelo teste Shapiro-Wilk e a correlação pelo teste de Spearman, considerando-se um valor de p<0,05. Caracterizando a amostra, encontraram-se mulheres com faixa etária de média e desvio-padrão, respectivamente (68,67±4,52) e índice de resistividade da carótida (0,71±0,07). O valor do índice geral de autonomia funcional classificou as idosas do grupo estudado como fracas no desempenho das atividades da vida diária (30,40±6,31), admitindo p<0,01. Houve correlação positiva entre o índice de resistividade da carótida interna direita e todos os testes de autonomia funcional realizados. O coeficiente de correlação entre o índice de resistividade da carótida e o índice geral do protocolo GDLAM foi de r=0,998 e p=0,000, demonstrando correlação significativa. As idosas avaliadas possuem um alto índice de resistividade da artéria carótida e uma baixa autonomia funcional, constatando-se correlação positiva entre as variáveis dependentes estudadas. Para a realização desta pesquisa, foi necessária uma equipe formada por uma enfermeira, que auxiliou na organização da amostra e realização dos exames; uma médica radiologista, que realizou os exames de Doopler; um angiologista como colaborador na interpretação dos dados do exame; dois educadores físicos e dois fisioterapeutas para a realização dos testes de autonomia funcional e a orientação da pesquisa na linha de Saúde do Idoso, contribuindo assim, para o caráter multidisciplinar fundamental na realização de estudos científicos

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