Resposta Aguda e Crônica da Creatina Kinase Ao Longo de 16 Semanas de Treinamento de Força Periodizado
Por Cleiton Augusto Libardi (Autor).
Integra
Exercício de excêntrico resulta em dano muscular, no entanto, promove um efeito protetor contra estímulos subsequentes. Alterações no volume e intensidade do treinamento de força são necessárias para evitar que o dano muscular seja atenuado, uma vez que esse é um importante sinalizador do processo hipertrófico. O presente estudo comparou as respostas agudas e crônicas da atividade da creatina kinase (CK) em 8 diferentes momentos ao longo de 16 semanas (S) de treinamento de força periodizado (TF) e acompanhou a progressão de carga semanal. Métodos: Foram selecionados doze homens de meia-idade não ativos (48,6 ± 5,05 anos, massa corporal 82,87 ± 15,18 kg, estatura 172,57 ± 5,90 cm, e IMC ± 27,5 kg/m2). O TF foi composto de duas etapas: na 1a etapa (S1-S8) 3 séries de 10 RM com 60 s de pausa, sendo os exercícios alternados por segmentos. Entre as duas etapas (S9) foram realizados testes de controle. Na semana seguinte, iniciou-se a 2a etapa (S10 - S17) onde os voluntários realizaram 3 séries de 8 repetiçoes máximas (RM) com 90 s de pausa, sendo os exercícios localizados por articulação. Os exercícios realizados nas duas etapas foram: extensão e flexão dos joelhos, pressão de pernas, puxador alto, supino horizontal, elevação lateral ombro, triceps no puxador, rosca direta, abdominal no solo e elevação na ponta dos pés. Foram coletadas amostras de sangue (~10 ml) da veia antecubital após 12 horas de jejum pré e após S16 do TF (resposta crônica) e 15 min após as semanas: S1, S4, S8 (etapa 1), S10, S13 e S17 (etapa 2) do TF (respostas agudas). As concentrações plasmáticas de creatina kinase foram mensuradas por meio de um spectofotômetro (Beckman DU 640, USA) utilizando kit especifico (Labtest©, Brasil). progressão de carga semanal dos exercícios é ilustrada no supino horizontal (SH) de acordo com ajustes mediante a zona-alvo de RM. Para análise foi utilizado ANOVA, seguido de post hoc Scheffé (p<0,05) Resultados: As concentrações de CK, bem como a progressão de carga (kg) são apresentadas nas figuras abaixo: Conclusões: Mesmo com a alteração no volume e intensidade ao longo das semanas de TF, as respostas agudas de CK foram atenuadas após S4, o que pode indicar a ocorrência de menor dano muscular em resposta ao treinamento proposto