Resumo

A hipertensão arterial sistêmica é uma condição crônica, multifatorial, influen-ciada por fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e social, sendo caracterizada por níveis elevados da pressão arterial, com valores maiores que 140/90 mmHg, medidos em pelo menos duas ocasiões distintas, na ausência de medicação anti-hipertensiva. Ainda, apresenta alta pre-dominância em pessoas idosas, isso porque sua prevalência aumenta progressivamente com o processo de envelhecimento. O exercício físico, é indicado como tratamento não farmacológico, para a prevenção e controle da hipertensão arterial sistêmica. Não obstante, o treinamento fun-cional por sua vez, está associado a melhora do equilíbrio, resistência cardiovascular, potência muscular, composição corporal e cognição, tornando-se uma importante ferramenta no ma-nejo da HAS. Objetivo: Avaliar a resposta aguda do treinamento funcional na pressão arterial ambulatorial 24h de pessoas idosas hipertensas. Métodos: Trata-se de um estudo experimental de abordagem quantitativa, realizado com 14 idosos hipertensos. A amostra foi dividida alea-toriamente em dois grupos: intervenção (N = 7) e controle (N = 7), apenas o grupo intervenção realizaria o protocolo de treinamento enquanto o grupo controle não realizou nenhum trei-namento. A pressão arterial foi verificada antes e após a sessão de treinamento utilizando um aparelho digital da marca G-Tech e após o treinamento foi colocado a monitorização ambulato-rial da pressão arterial (MAPA). O MAPA foi programado para medir a pressão arterial sistólica e diastólica a cada 20 minutos durante o período diurno e a cada 30 minutos durante a noite. Antes de cada sessão, os participantes tiveram sua pressão arterial aferida cuidadosamente para garantir a segurança durante o programa. Essa prática é fundamental para avaliar a condição física dos idosos e identificar possíveis problemas antes do início das atividades. O protocolo de exercícios foi dividido em quatro blocos: BLOCO 1: Mobilidade e preparação- 10 minutos (OMNI-GSE 2 a 3); BLOCO 2: Neuromuscular 1 – 20 minutos (OMNI-GSE 3 a 5); BLOCO 3: Neuro-muscular 25 minutos (OMNI-GSE 4 a 7); BLOCO 4: Cardiometabólico- 5 minutos (OMNI-GSE 8 a 9). Para análise de dados foi utilizado o software SPSS, a normalidade dos dados foi verificada através do teste Shapiro Wilk, considerando por tanto média e desvio padrão. Para comparar os grupos e os momento foi utilizado o teste ANOVA para medidas repetidas. Resultados: A média de idade do grupo intervenção foi de 59,7 ± 5,7 anos, e para o grupo controle de 62,8 ± 5,2 anos. Quando comparado a pressão arterial sistólica de 24h e a média de vigília com o baseline entre os grupos, obteve-se resultados significativos com p = 0,007 e p = 0,002, respectivamente. Não houveram diferenças significativas na pressão arterial diastólica. Conclusão: Uma sessão de TF é capaz de promover efeito hipotensor na média 24h da pressão arterial sistólica e de vigília em pessoas idosas hipertensas.