Resposta aguda do treinamento funcional na pressão arterial ambulatorial 24h de pessoas idosas com hipertensão
Por Edivania Ferreira da Silva (Autor), Pedro Avelange do Nascimento Filho (Autor), Maria Francielen Dantas de Souza (Autor), Bárbara Raquel Souza Santos (Autor), Jenifer Kelly Pinheiro (Autor).
Resumo
A hipertensão arterial sistêmica é uma condição crônica, multifatorial, influen-ciada por fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e social, sendo caracterizada por níveis elevados da pressão arterial, com valores maiores que 140/90 mmHg, medidos em pelo menos duas ocasiões distintas, na ausência de medicação anti-hipertensiva. Ainda, apresenta alta pre-dominância em pessoas idosas, isso porque sua prevalência aumenta progressivamente com o processo de envelhecimento. O exercício físico, é indicado como tratamento não farmacológico, para a prevenção e controle da hipertensão arterial sistêmica. Não obstante, o treinamento fun-cional por sua vez, está associado a melhora do equilíbrio, resistência cardiovascular, potência muscular, composição corporal e cognição, tornando-se uma importante ferramenta no ma-nejo da HAS. Objetivo: Avaliar a resposta aguda do treinamento funcional na pressão arterial ambulatorial 24h de pessoas idosas hipertensas. Métodos: Trata-se de um estudo experimental de abordagem quantitativa, realizado com 14 idosos hipertensos. A amostra foi dividida alea-toriamente em dois grupos: intervenção (N = 7) e controle (N = 7), apenas o grupo intervenção realizaria o protocolo de treinamento enquanto o grupo controle não realizou nenhum trei-namento. A pressão arterial foi verificada antes e após a sessão de treinamento utilizando um aparelho digital da marca G-Tech e após o treinamento foi colocado a monitorização ambulato-rial da pressão arterial (MAPA). O MAPA foi programado para medir a pressão arterial sistólica e diastólica a cada 20 minutos durante o período diurno e a cada 30 minutos durante a noite. Antes de cada sessão, os participantes tiveram sua pressão arterial aferida cuidadosamente para garantir a segurança durante o programa. Essa prática é fundamental para avaliar a condição física dos idosos e identificar possíveis problemas antes do início das atividades. O protocolo de exercícios foi dividido em quatro blocos: BLOCO 1: Mobilidade e preparação- 10 minutos (OMNI-GSE 2 a 3); BLOCO 2: Neuromuscular 1 – 20 minutos (OMNI-GSE 3 a 5); BLOCO 3: Neuro-muscular 25 minutos (OMNI-GSE 4 a 7); BLOCO 4: Cardiometabólico- 5 minutos (OMNI-GSE 8 a 9). Para análise de dados foi utilizado o software SPSS, a normalidade dos dados foi verificada através do teste Shapiro Wilk, considerando por tanto média e desvio padrão. Para comparar os grupos e os momento foi utilizado o teste ANOVA para medidas repetidas. Resultados: A média de idade do grupo intervenção foi de 59,7 ± 5,7 anos, e para o grupo controle de 62,8 ± 5,2 anos. Quando comparado a pressão arterial sistólica de 24h e a média de vigília com o baseline entre os grupos, obteve-se resultados significativos com p = 0,007 e p = 0,002, respectivamente. Não houveram diferenças significativas na pressão arterial diastólica. Conclusão: Uma sessão de TF é capaz de promover efeito hipotensor na média 24h da pressão arterial sistólica e de vigília em pessoas idosas hipertensas.