Resposta da Cinética de Consumo de Oxigênio e da Eficiência Mecânica Delta de Homens e Mulheres em Diferentes Intensidades de Esforço
Por Lucenildo S. Cerqueira (Autor), Fernando S. Nogueira (Autor), Joyce Carvalho (Autor), Fernando Augusto Monteiro Saboia Pompeu (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 17, n 4, 2011.
Resumo
INTRODUÇÃO: A eficiência mecânica delta (EMΔ ) e a cinética do consumo de oxigênio (K 2) são influenciadas por parâmetros metabólicos musculares e pelo transporte de 2. O objetivo do presente estudo foi determinar a diferença na K 2 e na EMΔ em três intensidades de esforço nos dois gêneros.
MÉTODOS: 56 sujeitos (26 mulheres) foram submetidos ao protocolo de esforço escalonado, contínuo e máximo (GxT) no cicloergômetro mecânico para determinação da potência aeróbia máxima ( 2máx), carga máxima (Wmax), limiar anaeróbio (AT) e ponto de compensação respiratória (PCR). O AT foi determinado através dos métodos V-slope e E E / 2; o PCR através da relação 2 versus E ; ambos por dois avaliadores. A EMΔ e a K 2 foram consideradas como a inclinação entre 2 versus Watts e 2 versus tempo (s), respectivamente, do começo do teste até o AT (S1), do AT ao PCR (S2) e do PCR ao 2máx (S3), determinada por análise de regressão linear.
RESULTADOS: Para a EMΔ, diferenças significativas foram observadas entre S1 versus S2 (p = 0,001), S1 versusS3 (p = 0,001) e S2 versus S3 (p = 0,006). Não foi observada diferença (p = 0,060) ou interação significativa (p = 0,062) entre homens versus mulheres. Para a K 2 diferenças significativas foram observadas entre S1 versusS3 (p = 0,001) e S2 versus S3 (p = 0,001) em ambos gêneros. Diferenças (p = 0,001) e interação significativa (p = 0,006) foram observadas entre homens versus mulheres, no último parâmetro.
CONCLUSÕES: A EMΔ decresce com o incremento da intensidade de trabalho, porém, não há diferenças quando se compara homens e mulheres. Por outro lado, as mulheres apresentam K 2 mais rápida do que os homens.