Resposta da Suplementação de Creatina Sobre Parâmetros da Função Renal em Ratos Submetidos a Treinamento de Força
Por Rodrigo Martins de Miranda (Autor), Christoffer Novais de Farias Silva (Autor), Fabrício Galdino Magalhães (Autor), Patrícia Maria Ferreira (Autor), Ruy de Souza Lino Junior (Autor), Lílian Fernanda Pacheco Moreira de Souza (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A suplementação de creatina é um ergogênico expressivo no aumento de reservas de energia muscular durante o treinamento físico, mas ainda existem discordâncias científicas em relação aos possíveis efeitos colaterais relacionados à função renal. Objetivo: Analisar o efeito da suplementação de creatina sobre os parâmetros da função renal em ratos com treinamento de força. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo experimental, realizado com ratos Wistar, divididos em quatro grupos: Sedentário (S), Sedentário + Creatina (SC), Treinado (T) e Treinado + Creatina (TC) utilizando creatina monoidratada e micronizada (HPLC), com dose de 0,430g/kg da massa corporal/dia diluída em 15ml de água ministrada via gavagem. Foi realizado protocolo de treinamento de força durante oito semanas, três vezes por semana, realizando dez saltos de impulsão vertical em uma piscina utilizando de 20 a 50% da massa corporal. Ao término das intervenções, os ratos foram colocados, individualmente, em gaiolas metabólicas por 24 horas. Após, foram medidos o volume de urina (24h/ml), centrifugada 3000rpm por 5 minutos e uma alíquota de 1ml foi transferida para tubo de microcentrífuga, etiquetado e congelado, submetidas às dosagens de proteinúria, osmolaridade, ainda a ingestão de água e a massa corporal. Foi analisada a determinação da osmolaridade urinária através de osmometria de congelamento, usando padrões com osmolaridades apropriadas para amostra de urina (100, 290 e 500 mOsm/Kg). Os dados foram apresentados como média ± erro padrão (X ± EPM) utilizando teste t de student, nível de significância de p<0,05. Resultados: Foi utilizado 24 ratos Wistar, divididos em 6 para cada grupo. Em relação ao fluxo urinário (ml/24h), o grupo S (13,5±1,6), SC (16,5±1,1), T(13±1,6) e TC(13,2±1) havendo diferença estatisticamente significativa entre TC/SC, em relação a osmolaridade urinária (mOsm/Kg), observa-se nos grupos: S(1300±197,3), SC (1743±71), T(1890±209) e TC(2042±101), havendo diferença estatisticamente significativa entre TC/SC(p=0,03). Em relação ao Clearence Osmolar (Figura 1). Conclusões: O treinamento pôde promover alterações relacionadas à função renal e que a associação entre treinamento e creatina alterou parâmetros como osmolaridade urinária. A análise de outros marcadores da função renal é necessária para melhor elucidar as possíveis alterações que o uso da creatina associada ou não ao treinamento pode promover.