Resposta da Taxa Metabólica de Repouso Após 16 Semanas de Treinamento com Pesos em Mulheres na Pós-menopausa
Por Valéria Bonganha (Autor), Miguel Soares Conceição (Autor), Mara Patrícia Traína Chacon-Mikahil (Autor), Vera Aparecida Madruga Forti (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 17, n 5, 2011.
Resumo
INTRODUÇÃO: As alterações corporais provenientes da menopausa como a diminuição da massa magra (MM), aumento e redistribuição da gordura corporal e diminuição do gasto energético de repouso, colaboram para o aumento nas dimensões corporais e subsequente aumento da massa corporal total. Nesse sentido, os benefícios reconhecidos do treinamento com pesos (TP) não estão atrelados apenas ao aumento da força e hipertrofia muscular, mas também à composição corporal e, consequentemente, na taxa metabólica de repouso (RMR).
OBJETIVO: Avaliar a resposta da RMR após 16 semanas de TP em mulheres na pós-menopausa.
MÉTODOS: Participaram 28 voluntárias, subdivididas em dois grupos: treinamento (GT n = 17) e controle (GC n = 11). O programa de TP foi realizado em três sessões semanais, em dias alternados e com duração de aproximadamente 60 min/sessão, por 16 semanas. A intensidade da carga foi determinada por meio de zona alvo de repetições máximas (RM), com reajuste semanal de carga. O consumo de oxigênio ( O2) e da produção de gás carbônico ( CO2), por meio de calorimetria indireta de circuito aberto, foi utilizado para cálculo da RMR segundo equação de Weir (1949).
ANÁLISE ESTATÍSTICA: Foi utilizado pacote estatístico Bioestat na versão 5.0, com nível de significância de p < 0,05.
RESULTADOS: Houve aumento significante dos valores de MM e força muscular, somente no GT. Não foram encontradas diferenças significantes para os valores da RMR após a intervenção para ambos os grupos.
CONCLUSÃO: O programa de TP de 16 semanas foi eficiente para promover alterações na composição corporal e força muscular de mulheres na pós-menopausa; entretanto, não houve alteração da RMR após a intervenção.