Respostas afetivas de um programa de treinamento de alta intensidade com kettlebell: estudo piloto
Por Luciana Carletti (Autor), Richard Diego Leite (Autor), Zirlei Vidal Soares (Autor), Sabrina Pereira Alves (Autor), Lenice Brum Nunes (Autor), Carla Zimerer (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 21, n 6, 2022.
Resumo
Apesar da prática de exercício ser benéfica para a saúde, mulheres apresentam níveis elevados de inatividade física. A falta de tempo e as respostas afetivas (RAs) negativas ao exercício podem ser barreiras à aderência aos programas de treinamento para essa população. Assim, é importante que estudos investiguem as RAs decorrentes de protocolos de exercício de curta duração. Nesse sentido, treinamento com kettlebell de alta intensidade pode ser uma alternativa interessante. Objetivo: O objetivo deste estudo foi caracterizar as RAs agudas e crônicas de mulheres jovens submetidas a um programa de treinamento com kettlebell de alta intensidade. Métodos: Onze voluntárias (idade = 25 ± 3 anos) participaram por 10 semanas de treinamento com kettlebell de alta intensidade (3x por semana). O programa foi aplicado utilizando um período de familiarização, seguidos por três fases utilizando os exercícios swing e agachamento. Resultados: Não foram observadas diferenças significativas quando comparadas as RAs obtidas antes da sessão com as medidas de 5,10 e 20 min após a sessão na fase aguda (p > 0,05). Ainda, não foram observadas diferenças significativas ao longo das 10 semanas de treinamento (Pré = 2,13 ± 0,26 / 5 min= 1,92 ± 0,42 / 10 min = 1,89 ± 0,43 / 20 min = 1,93 ± 0,44) (p > 0,05). Conclusão: O programa de treinamento com kettlebell de alta intensidade com aumento progressivo e individualizado de carga pode manter RAs positivas na fase aguda, e após 10 semanas de treino.