Respostas Agudas dos Níveis de Testosterona e Cortisol em Idosas Submetidas Ao Exercício Resistido
Por Rafael Rodrigues da Cunha (Autor), Ricardo Lima (Autor), Ricardo Jacó de Oliveira (Autor), Sergio Neves Junior (Autor), Herbert Gustavo Simões (Autor), Sandra Costa (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: O envelhecer propicia um declínio da função neuroendócrina, resultando
na redução da massa e força muscular. O Treinamento Resistido (TR) vem sendo
apontado como uma intervenção eficaz em retardar esse processo, entretanto, a
intensidade de treinamento ideal ainda é controversa.A testosterona (TT), o cortisol
(CT) e a razão Testosterona/Cortisol (RTC) são variáveis representativas do balanço
entre o anabolismo e o catabolismo, e suas respostas agudas favorecem adaptações
induzidas pelo TR. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar os
efeitos de diferentes intensidades de exercícios resistidos nas respostas agudas de
TT, CT e RTC em idosas. Metodologia:A amostra foi composta por 15 idosas com
idade entre 63 e 67 anos, fisicamente independentes e não engajadas em exercícios
físicos há pelo menos 6 meses. As idosas participaram de duas sessões de exercícios
resistidos e uma sessão controle, realizadas em ordem randomizada. As sessões
foram assim compostas: 2 séries de 13 repetições a 50% de 1-RM (G50); 2 séries de
8 repetições a 80% de 1-RM (G80); e outra visita sem a realização de exercícios
(GC). O volume foi equacionado entre G50 e G80. Para verificar os níveis de TT,
CT e RTC foram coletadas amostras de sangue em tubos contendo EDTA. As
mensurações foram realizadas pré (T1), logo após (T2), 3 horas pós (T3) e 48 horas
pós-exercício (T4).As respostas TT, CT e RTC foram testadas através da ANOVA
para medidas repetidas. As dosagens sanguíneas de testosterona e cortisol foram
realizadas pelo método de quimioluminescência. Resultados: Não foram observadas
diferenças significativas nos níveis de TT intra e inter intensidades. Em relação ao
CT foi observada diferença significativa entre as intensidades. Entre os períodos
foram encontradas diferenças significativas entre T1 e T3 no G50 (9,1 e 8,3) e T1 e
T3 no G80 (6,7 e 8,4) e no GC nos tempos T1 e T3, e T2 e T3, T2 e T4 (5,6 e 3,3)
e entre T3 e T4 (3.3 e 8,1). Em relação à RTC não foram observadas diferenças
significativas entre as sessões, entretanto, no G80 observou-se aumento significativo
da RTC entre os períodos T1 e T3 (3,73 e 4,46). Conclusões: Em idosas, nenhuma
das sessões promoveu aumento significativo dos níveis de CT ou TT. Não houve
diferença significativa entre as intensidades com relação à RTC, todavia, a sessão
realizada a 80% de 1-RM induziu um aumento significativo dessa razão 3 horas
pós-exercício, sugerindo uma resposta positiva do ponto de vista neuroendócrino.