Resumo

Para avaliar as respostas cardiorrespiratórias ao exercício máximo e submáximo foram estudados 12 indivíduos do sexo masculino, sendo 6 indivíduos normais (grupo controle) e 6 indivíduos portadores de hipotrofia do membro inferior por imobilização (grupo experimental). Todos indivíduos foram submetidos a testes cicloergométricos máximos de carga crescente de pedalagem com as duas pernas e com cada uma das pernas isoladamente. Foram avaliados o consumo máximo de oxigênio, o limiar anaeróbio, a ventilação pulmonar e a freqüência cardíaca. No grupo controle, os resultados obtidos com as duas pernas foram maiores que com uma perna, mas não houve diferença entre a perna direita e esquerda. No grupo experimental os valores de consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio foram maiores no exercício com a perna normal que com a hipotrofiada, sugerindo uma menor capacidade oxidativa da massa muscular do membro hipotrofiado. A ventilação pulmonar e a freqüência cardíaca em níveis submáximos de exercício (abaixo do limiar anaeróbio) foram mais elevadas no exercício com a perna hipotrofiada do que com a perna normal, para um mesmo consumo de oxigênio, mas quando expressas em função do consumo máximo de oxigênio não houve diferença entre os membros, de forma que estes dados parecem evidenciar um mecanismo comum para os ajustes cardiorrespiratórios ao exercício, onde a carga relativa expressa em percentual do consumo máximo de oxigênio seria o fator determinante. Palavras-chaves: consumo de oxigênio, exercício, hipotrofia, imobilização.