Resumo

A forma de condução do movimento no exercício de força pode afetar as respostas cardiovasculares agudas. O estudo comparou as respostas agudas de freqüência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e duplo produto (DP) durante o exercício extensão de joelhos nas formas unilateral, bilateral e alternada. A amostra foi composta por 10 voluntários com idades entre 23 e 39 anos (28±5 anos). Inicialmente os sujeitos realizaram testes de 10 repetições máximas (RM) nas execuções bilateral e unilateral. Em seguida, foram medidas as respostas cardiovasculares nas três formas de execução. Em todos os casos, foram feitas três séries de 10 RM, com 2 min de intervalo entre elas. As medidas para cada forma de execução foram feitas com 24 h de intervalo. Os valores das variáveis observadas, considerando cada série para as formas bilateral, unilateral e alternada foram, respectivamente: FC1=108,6 vs 117,3 vs 110,9; FC2=120,0 vs 130,1 vs 130,0; FC=125,3 vs 137,1 vs 135,2; PAS1=143,8 vs 150,0 vs 144,8; PAS2=155,8 vs 159,6 vs 158,8; PAS3=159,6 vs 166,0 vs 164,8; DP1=15609,8 vs 17873,4 vs 16246,6; DP3=20016,8 vs 23175,2 vs 22572,0. Não foram encontradas diferenças significativas nas respostas de FC, PAS e DP para as distintas formas de execução em cada série isoladamente. A partir da 2ª série os valores absolutos para as respostas de FC e DP foram maiores nas formas unilateral e alternada, em comparação com a execução bilateral (p<0,05). Conclui-se que a forma de execução não exerceu influência nas respostas cardiovasculares durante o exercício. Contudo, respostas maiores foram sistematicamente verificadas para as execuções unilateral e alternada, principalmente em séries múltiplas. Isso pode ser relevante para a prescrição do exercício de força em populações com problemas cardiovasculares.

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