Resumo

O objetivo deste estudo foi comparar as respostas da frequência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA) com diferentes padrões de respiração no exercício resistido para membros inferiores e superiores. Oito universitários (24,4 ± 3,7 anos, 73,0 ± 5,9 kg, 175,9 ± 5,1 cm) normotensos e treinados foram selecionados. Foram realizados teste e re-teste de 10RM no supino horizontal e no agachamento. Todos realizaram uma série com 80% de 10RM em duas sessões do protocolo experimental: 1º) supino horizontal e agachamento com respiração passiva ativa - RPA e 2º) supino horizontal e agachamento com respiração passiva eletiva – RPE. Cada fase respiratória, inspiração ou expiração, equipararam com a execução de cada fase do exercício, concêntrica ou excêntrica, respeitando 1,5 segundo de duração em cada fase. Apenas um avaliador experiente realizou a coleta da FC e da PA, utilizando as posições originais dos exercícios, em repouso e logo após a execução da série de cada exercício. Uma ANOVA (2 x 2) foi utilizado para verificar as diferenças entre as variáveis. Os resultados indicaram que a FC aumentou significativamente em ambos exercícios e respirações, porém sendo maior no agachamento. A PA sistólica obteve maiores valores com a RPA, apenas no supino. Não foram encontradas diferenças na PA diastólica. Logo, o tipo de respiração é uma variável importante durante o treinamento resistido, que pode alterar as respostas da PA sistólica nos exercícios para membros superiores. Durante a prescrição do treinamento, deve-se atentar para o exercício de agachamento que promove maiores aumentos da FC, independente do tipo de respiração, enquanto no supino a RPA promove maiores elevações da PA sistólica.

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