Resumo

A ação dos ramos simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo (SNA) sobre o coração promove aumento e diminuição, respectivamente, da frequência cardíaca (FC). A variação da FC na transição repouso-exercício pode indicar como se comporta o sistema nervoso parassimpático nos segundos iniciais do esforço, já que ocorre inibição da modulação vagal como resposta inicial da FC no exercício. Uma variabilidade da frequência cardíaca (VFC) reduzida na condição basal pode indicar adaptação ineficaz do SNA. Em indivíduos portadores de fatores de risco para doenças cardiovasculares, as respostas da FC durante o exercício levam mais tempo para atingir valores ideais, o que pode ser atribuído à modulação parassimpática ineficaz no início do esforço, porém não há evidência de que a função vagal prejudicada esteja relacionada à menor resposta da FC no início do exercício resistido. Objetivo: Avaliar a magnitude das respostas da FC durante o esforço máximo através do teste de uma repetição máxima (1RM) e verificar sua relação com o comportamento da VFC na condição basal em treze indivíduos, com idades entre 50 e 71 anos e portadores de fatores de risco para doenças cardiovasculares. Métodos: Foram registrados os valores de FC e dos intervalos RR na condição basal e em protocolo de teste de 1RM antes e durante o esforço. A partir dos dados obtidos, foram calculados a variação da FC repouso-exercício e os índices SD1 e RMSSD da VFC na condição basal. Resultados: Foi encontrada uma forte correlação positiva entre variação da FC repouso-exercício e índices da VFC na condição basal. Conclusão: Indivíduos com melhor modulação vagal na condição basal apresentam maior variação da FC no exercício resistido máximo.

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