Respostas de concentrações sanguíneas da proteína c reativa em atletas universitários de futsal após uma sessão aguda de treinamento: um estudo piloto
Por Waldecir Paula Lima (Autor), João Guilherme Cren Chiminazzo (Autor), Taiguara Bertelli Costa (Autor), Cesar Cavinato Cal Abad (Autor), Henrique Stelzer Nogueira (Autor).
Em Rbff - Revista Brasileira de Futsal e Futebol v. 16, n 65, 2024.
Resumo
O futsal é uma modalidade intermitente de alta intensidade, o que gera perturbações biológicas importantes, incluindo possíveis alterações na secreção de mediadores inflamatórios, dentre esses, a proteína C reativa ([PCR]). O objetivo desse estudo foi avaliar as respostas das [PCR] em atletas universitários de futsal que participaram de uma sessão aguda de treinamento, além de verificar uma possível correlação entre as [PCR] e a percepção subjetiva de esforço (PSE) informada pelos atletas nessa sessão. As coletas sanguíneas ocorreram imediatamente pré-treinamento, imediatamente pós-treinamento e 48 horas pós-treinamento. Os resultados evidenciaram ausência de alteração significativa das [PCR] entre os diversos momentos de coleta, bem como ausência de correlação entre as [PCR] e a PSE dos atletas. A literatura mostra que as respostas inflamatórias de uma sessão de treinamento, de teste físico, ou mesmo de partidas competitivas, variam em decorrência do tipo e cargas de treinamento, do período competitivo e do nível de condicionamento dos praticantes. Conclui-se que uma única sessão de treinamento de Futsal, com exercícios para melhoria da força, da velocidade e dos aspectos técnicos e táticos, não configura estímulo suficiente para alterar, durante 48 horas após o término desta sessão, as [PCR] em atletas universitários no início da fase competitiva de treinamento.
Referências
-Aguiar, Francisco J. B.; Ferreira-Júnior, Mario; Sales, Maria M.; Cruz-Neto, Luiz M.; Fonseca, Luiz A. M.; Sumita, N. M.; Duarte, N. J. C.; Lichtenstein, A.; Duarte, A. J. C. Proteína c reativa: aplicações clínicas e propostas para utilização racional. Revista da Associação Médica Brasileira. Vol. 59. Num. 1. 2013. p. 85-92.
-Ayarra, R.; Nakamura, Fabio Y.; Iturricastillo, A.; Castillo, D.; Yanci, J. Differences in Physical Performance According to the Competitive Level in Futsal Players. Journal of Human Kinetics. Vol. 64. 2018. p. 275-285.
-Barcelos, R. P.; Tocchetto, G. L.; Lima, F. D.; Stefanello, S. T.; Rodrigues, H. F. M.; Sangoi, M. B.; Moresco, R. N.; Royes, L. F. F.; Soares, F. A. A.; Bresciani, G. Functional and biochemical adaptations of elite level futsal players from Brazil along a training season. Medicina. Vol. 53. Num. 4. 2017. p. 285-293.
-Beato, M.; Impellizzeri, F. M.; Coratella, G.; Schena, F. Quantification of energy expenditure of recreational football. Journal of Sports Science. Vol. 34. Num. 24. 2016. p. 2185-2188.
-Bekris, E.; Gioldasis, A.; Gissis, I.; Katis, A.; Mitrousis, I.; Mylonis, E. Effects of a futsal game on metabolic, hormonal, and muscle damage indicators of male futsal players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 36. Num. 2. 2020. p. 545-550.
-Bezerra, J. A.; Farias, N. O.; Melo, S. V. A.; Silva, R. P. M.; Castro, A. C. M.; Martins, Faber S. B. Respostas de indicadores fisiológicos a um jogo de futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 22. Num. 3. 2016. p. 200-205.
-Borges, L.; Dermargos, A.; Gorjão, R.; Cury-Boaventura, M. F.; Hirabara, S. M.; Abad, C. C.; Pithon-Curi, T. C.; Curi, R.; Barros, M. P.; Hatanaka, E. Updating futsal physiology, immune system, and performance. Research in Sports Medicine. Vol. 30. Num. 6. 2022. p. 659-676.
-COB. Confederação brasileira de futebol de salão. 2020. Disponível em: <https://www.cob.org.br/pt/confederacoes/CBFS>. Acesso em 04/08/2020.
-Collares, G. B.; Paulino, U. H. M. Aplicações clínicas atuais da proteína c reativa. Revista Médica de Minas Gerais. Vol. 16. Num. 4. 2006. p. 227-333.
-Cury-Boaventura, M. F.; Gorjão, R.; Moura, N. R.; Santos, V. C.; Bortolon, J. R.; Murata, G. M.; Borges, L. S.; Momesso, C. M.; Dermargos, A.; Pithon-Curi, T. C.; Hatanaka, E. The Effect of a Competitive Futsal Match on T Lymphocyte Surface Receptor Signaling and Functions. Frontiers in Physiology. Vol. 15. 2016. p. 1-7.
-Ferreira, D. S.; Evangelista, A. L.; Carnevalli Junior, L. C. C.; Germano, M. D.; Lopes, C. R. Treinamento de força: inflamação e reparo. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Vol. 12. Num. 3. 2013. p.185-191.
-Freitas, V. H.; Ramos, S. P.; Leicht, A.; Alves, T.; Rabelo, F.; Bara-Filho, M. G.; Guarnier, F. A.; Nakamura, F. Y. Validation of the futsal-specific intermittent shuttle protocol for the simulation of the physical demands of futsal match-play. International Journal of Performance Analysis in Sport. Vol. 17. Num. 6. 2017. p. 934-47.
-Ghafourian, M.; Ashtary-Larky, D.; Chinipardaz, R.; Eskandary, N.; Mehavaran, M. Inflammatory biomarkers’ response to two different intensities of a single bout exercise among soccer players. Iranian Red Crescent Medical Journal. Vol. 18. Num. 2. 2016. p. 1-7.
-IBGE. Perfil dos estados e dos municípios brasileiros: esporte: 2016. Rio de Janeiro. IBGE. 2017.
-Kostrzewa-Nowak, D.; Nowak, R.; Chamera, T.; Buryta, R.; Moska, W.; Cięszczyk, P. Post-effort chances in c-reactive protein level among soccer players at the end of the training season. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 9. Num. 5. 2015. p. 1399-1405.
-Li, Y.; Yao, M.; Zhou, Q.; Cheng, Y.; Che, L.; Xu, J.; Xiao, J.; Shen, Z.; Bei, Y. Dynamic regulation of circulating microRNAs during acute exercise and long-term exercise training in basketball athletes. Frontiers in Physiology. Vol. 9. 2018. p. 1-11.
-Lima, W. P. Mecanismos moleculares associados à hipertrofia e hipotrofia muscular: relação com a prática do exercício físico. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Vol. 16. Num. 2. 2017. p. 123-141.
-Moura, N.R.; Cury-Boaventura, M.F.; Santos, V.C.; Levada-Pires, A.C.; Bortolon, J. R.; Fiamoncini, J.; Pithon-Curi, T.C.; Curi, R.; Hatanaka, E. Inflammatory Response and Neutrophil Functions in Players After a Futsal Match. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 26. Num. 9. 2012. p. 2507-2514.
-Mohr, M.; Draganidis, D.; Chatzinikolaou, A.; Barbero-Álvarez, J. C.; Castagna, C.; Douroudos, I.; Avloniti, A.; Margeli, A.; Papassotiriou, I.; Flouris, A. D.; Jamurtas, A. Z.; Krustrup, P.; Fatouros, I. G. Muscle damage, inflammatory, immune and performance responses to three football games in 1 week in competitive players. European Journal of Applied Physiology. Vol. 116. Num. 1. 2016. p. 179-193.
-Nakamura, F. Y.; Moreira, A.; Aoki, M. S. Monitoramento da carga de treinamento: a percepção subjetiva do esforço da sessão é um método confiável? Revista da Educação Física/UEM. Vol. 21. Num. 1. 2010. p. 1-11.
-Naser, N.; Ali, A.; Macadam, P. Physical and physiological demands of futsal. Journal of Exercise Science and Fitness. Vol. 15. Num. 2. 2017. p. 76-80.
-Nogueira, H. S.; Duque, D. M. S. D.; Mendonça, V. R.; Lima, W. P.; Bock, E. G. P. Monitoring the level of infection by COVID-19: an previous experiment to possibility of future application to the C-reactive protein detection by bioelectric signals. The Academic Society Journal. Vol. 4. Num. 2. 2020. p. 104-122.
-Nunes, R. F. H.; Danieli, A. V.; Flores, L. J. F.; Coelho, T. M.; Cetolin, T.; Carminatti, L. J.; Guglielmo, L. G. A. Silva, J. F. Potência aeróbia em atletas de futebol e futsal de diferentes níveis competitivos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 25. Num. 4. 2017. p. 5-14.
-Paz-Franco, A.; Rey, E.; Barcala-Furelos, R. Effects of 3 Different resistance training frequencies on jump, sprint, and repeated sprint ability performances in professional futsal players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 31. Num. 12. 2017. p. 3343-50.
-Pupo, J. D.; Detanico, D.; Ache-Dias, J.; Santos, S. G. The fatigue effect of a simulated futsal match protocol on sprint performance and kinematics of the lower limbs. Journal of Sports Sciences. Vol. 35. Num. 1. 2017. p. 81-8.
-Pupo, J. D.; Detanico, D.; Santos, S. G. The fatigue effect of a simulated futsal match protocol on isokinetic knee torque production. Sports Biomechanics. Vol. 13. Num. 4. 2014. p. 1-9.
-Souglis, A. G.; Papapanagiotou, A.; Bogdanis, G. C.; Travlos, A. K.; Apostolidis, N. G.; Geladas, N. D. Comparison of inflammatory responses to a soccer match between elite male and female players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 29. Num. 5. 2015. p. 1227-1233.
-Souza, C. T.; Medeiros, C.; Silva, L. A.; Silveira, T. C.; Silveira, P. C.; Pinho, C. A.; Scheffer, D. L.; Pinho, R. A. Avaliação sérica de danos musculares e oxidativos em atletas após partida de futsal. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 12. Num. 4. 2010. p. 269-274.
-Torres-Torrelo, J.; Rodríguez-Rosell, D.; Mora-Custodio, R.; Pareja-Blanco, F.; Yañez-García, J. M.; González-Badillo, J. J. Effects of resistance training and combined training program on repeated sprint ability in futsal players. International Journal of Sports Medicine. Vol. 39. Num. 7. 2018. p. 517-26.
-Zamunér, A. R.; Moreno, M. A.; Camargo, T. M.; Graetz, J. P.; Rebelo, A. C. S.; Tamburús, N. Y.; Silva, Ester da. Assessment of subjective perceived exertion at the anaerobic threshold with the Borg CR-10 scale. Journal of Sports Science and Medicine. Vol. 10. Num. 1. 2011. p. 130-136,
-Zinner, C.; Pelka, M.; Ferrauti, A.; Meyer, T.; Pfeiffer, M.; Sperlich, B. Responses of low and high compression during recovery after repeated sprint training in well-trained handball players. European Journal of Sports Science. Vol. 17. Num. 10. 2017. p. 1304-1310.