Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar respostas fisiológicas obtidas em protocolos incremental e constante de ciclismo aquático e terrestre. Um grupo com 15 sujeitos realizou dois protocolos incrementais máximos de ciclismo nos meios líquido e terrestre. A intensidade do protocolo iniciava em 45RPM de cadência e aumentava 5RPM a cada três minutos no ciclismo aquático, mas no protocolo incremental de ciclismo terrestre, a intensidade iniciava em 50W e aumentava 25W a cada 3 minutos. Durante a realização desses protocolos foram obtidas as repostas fisiológicas VO2, FC, VE, pulso de O2 e [La] no esforço máximo e nas intensidades correspondentes ao LL, ao Lan e ao ?50. Além disso, foram estimados os valores de potência de pedalada para o ciclismo aquático e comparados aos de ciclismo terrestre. Em seguida, uma amostra composta por seis sujeitos, dentre os 15 avaliados nos protocolos incrementais de ciclismo aquático e terrestre, realizou mais dois protocolos constantes de ciclismo nos meios líquido e terrestre. Os protocolos constantes foram realizados na intensidade correspondente ao ?50, determinada anteriormente nos protocolos incrementais, e conduzidos até o Tlim para obtenção das variáveis fisiológicas VO2, FC, VE, pulso de O2 no terceiro minuto e no Tlim. Já a [La], no entanto, foi obtida no décimo e trigésimo minutos e no Tlim. O teste de Shapiro-wilk foi usado para medir a normalidade dos dados. O teste T Student e/ou Wilcoxon foram utilizados para comparar as respostas fisiológicas e as medidas de potência de pedalada de ciclismo aquático e terrestre. A análise de regressão linear simples foi empregada para estimar os valores de potência de pedalada do ciclismo aquático. O método estatístico Anova two-way de medidas repetidas foi utilizado para comparar as [La] obtidas ao longo do tempo nos protocolos constantes de ciclismo aquático e terrestre. Foi empregado um intervalo de 95% de confiança. Além disso, o ETM e o CV% foram empregados para medir a variabilidade das respostas fisiológicas entre ciclismo aquático e terrestre. Os resultados dos protocolos incrementais mostraram que os sujeitos alcançaram a exaustão com RPMmax=84±5RPM (Pmax=206W) no ciclismo aquático e com Pmax=221±44W no ciclismo terrestre. A FCmax foi menor no ciclismo aquático (171±12bpm vs 176±9bpm), mas as medidas de VO2max, VEmax e [La]max não foram diferentes entre os meios líquido e terrestre.