Resumo

As aulas de hidroginástica estão cada vez mais diversificadas com o uso de materiais apropriados ao meio aquático. Entretanto, poucos estudos verificaram a influência da utilização de tais materiais nas respostas cardiorrespiratórias. O objetivo foi analisar as respostas de freqüência cardíaca, consumo de oxigênio e sensação subjetiva ao esforço em mulheres durante a execução de um exercício de hidroginástica em diferentes situações com e sem o equipamento resistivo Aquafins®. Onze mulheres realizaram o exercício deslize frontal com a flexão e extensão horizontal de ombros em quatro situações: sem equipamento resistivo (S-FINS), com Aquafins nos membros inferiores (FINS-MIs), com Aquafins nos membros superiores (FINS-MSs) e com Aquafins nos membros superiores e inferiores (FINS-MIs/MSs). Em todas as situações foi verificado a FC, o VO2 e a SSE. Utilizou-se ANOVA para medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni (p < 0,05). A FC foi significativamente mais elevada nas situações FINS-MIs/MSs (159 ± 12bpm) e FINS-MIs (147 ± 18bpm), comparando-as com as demais situações. No entanto, a situação FINS-MIs apresentou FC similar à FINS-MSs (148 ± 16 bpm). Por sua vez, as três situações com o Aquafins foram diferentes da situação S-FINS (131 ± 14bpm). Para o VO2 houve diferença significativa entre a situação FINS-MIs/MSs (22,77 ± 3,58ml.kg-1.min-1), comparando-a com as demais. As situações FINS-MSs (19,67 ± 4,29ml.kg-1.min-1) e FINS-MIs (20,38 ± 3,99ml.kg-1.min-1) apresentaram VO2 significativamente maior que S-FINS (15,18 ± 4,67ml.kg-1.min-1). A SSE foi significativamente maior na situação FINS-MIs/MSs (16 ± 1,55), comparando-a com FINS-MIs (14 ± 0,9) e S-FINS (13 ± 1,29), entretanto, não foi diferente da FINS-MSs (14 ± 1,57). Portanto, a utilização de equipamentos que promovam resistência ao movimento na hidroginástica é indicada para melhorias no sistema cardiorrespiratório.

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