Resumo

RESUMO O objetivo do estudo foi revisar as respostas - agudas e decorrentes de adaptações crónicas - de frequência cardíaca, pressão arterial e duplo-produto ao exercício contra-resistência (ECR). As respostas agudas de frequência cardíaca parecem associar-se diretamente ao número de repetições do exercício. Embora as respostas crónicas sejam mais acentuadas em decorrência do exercício aeróbio, o treinamento com ECR pode contribuir para a redução da frequência cardíaca de repouso. O comportamento agudo da pressão arterial sistólica e diastólica parece depender mais da intensidade do exercício do que do tipo (contra-resistência ou aeróbio). Apesar do ECR poder induzir aumentos agudos importantes na pressão arterial, a exposição crónica não resulta em elevações dos valores de repouso. Ao contrário, estudos apontam que o treinamento com ECR pode reduzir os valores pressóricos de repouso e em exercícios com cargas sub- -máximas. Finalmente, o duplo-produto no ECR parece ser menor do que no exercício aeróbio, devido ao curto tempo de exposição ao esforço. Além disso, há evidências de que a manipulação das variáveis associadas ao treinamento, além da relação carga-repetições, pode ter impacto sobre as respostas cardiovasculares agudas. Isso deveria ser considerado em situações de treinamento para pessoas que necessitem de cuidados especiais em relação às respostas cardiovasculares durante o exercício. Palavras-chave: força muscular, fisiologia cardiovascular, treinamento, exercício, saúde.