Respostas Hemodinâmicas do Treinamento Resistido Combinado com Exercício de Restrição de Fluxo Sanguíneo em Idosas
Por Márcio Flávio Ruaro (Autor), Kleber Farinazo Borges (Autor), Cezar Grontowski Ribeiro (Autor), Vanessa Corralo (Autor), Clodoaldo Antônio de Sá (Autor), érico Chagas Caperuto (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O treinamento resistido (TR) combinado com a restrição de fluxo sanguíneo (RFS) tem surgido como uma ótima alternativa para melhorar a força e aumento da massa muscular em idosos, promovendo melhora em indivíduos com doenças cardiovasculares e ortopédicas, além de outros benefícios metabólicos. Porém, as alterações hemodinâmicas causadas pelo TR com RFS crônico realizado nos membros superiores em idosas hipertensas, ainda deve ser melhor investigado. Objetivos: Descrever os efeitos do exercício de flexão de punho RFS imediatamente antes da sessão do TR, sobre os aspectos hemodinâmicos em idosas. Métodos: Este estudo trata-se de um ensaio clínico randomizado (ECR), onde inicialmente foram selecionadas 40 voluntárias com idade superior a 60 anos, residentes na zona urbana do município de Palmas/PR. Foram divididos dois grupos, o grupo de exercício de flexão de punho com restrição de fluxo sanguíneo e treinamento resistido (ERFS+TR) e o grupo de treinamento resistido apenas (TR). O TR foi realizado duas vezes por semana ao longo de 16 semanas e dividido em três etapas caracterizadas como fase básica, intermediária e fase avançada. Dessa forma, a amostra final foi constituída por 16 sujeitos (quatro desistências) no grupo ERFS+TR (Idade = 64,69 ±3,74 anos; massa corporal = 68,78 ±10,62 kg) e 17 (três desistências) no grupo TR (Idade = 67,12 ±4,97 anos; massa corporal = 69,69 ±11,91 kg). Foram avaliadas as seguintes variáveis hemodinâmicas: pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC). Resultados: A PAS, PAM e o DP reduziram de forma importante, tanto no grupo ERFS+TR (15,43; 7,97 e 16,42%, respectivamente), quanto no TR (10,96; 6,89 e 10,40%, respectivamente). Embora não tenham sido evidenciadas diferenças entre os grupos no pós-teste, a análise dos tamanhos dos efeitos evidenciou uma redução maior desses parâmetros no grupo EFRFS+TR (PAS = -1,84; PAM = -1,35 e DP = -1,47) que no grupo TR (PAS = -1,12; PAM = -0,78 e DP = -0,50). Conclusão: Esses dados permitem postular que os efeitos do treinamento de força precedido por exercício com RFS, nos moldes realizados neste estudo, são capazes de produzir efeitos de maior magnitude sobre os parâmetros hemodinâmicos (PAS, PAM e DP) que o treinamento de força isolado. Mais estudos serão necessários para evidenciar os mecanismos envolvidos nesse tipo de protocolo, no entanto, os resultados apresentados são motivadores no sentido da inclusão do exercício de flexão de punho com RFS antes das sessões do TR com vistas a potencializar as respostas deste último