Resumo

O objetivo do presente trabalho foi verificar respostas neuromusculares agudas frente a diferentes protocolos de treinamento de força do tipo hipertrófica, força máxima e potência em sujeitos treinados. A amostra foi composta por 14 indivíduos do sexo masculino (idade: 25±4 anos, estatura: 177±4 cm, massa corporal: 79,5±9 kg, 1RM: 19,7±4 kg), treinados em musculação por mais de 3 anos, aptos fisicamente para a realização do estudo. Para cada protocolo de força foi realizada uma flexão isométrica de cotovelo de acordo com o tipo de objetivo prescrito: hipertrofia (H) com 4 séries de 10 repetições a 75% de 1RM, com pausa passiva de 1 minuto e meio; força máxima (FM) com 11 séries de 3 repetições a 90% de 1RM, com pausa passiva de 5 minutos; potência (P) com séries 8 séries de 6 repetições a 30% de 1RM, com pausa passiva de 3 minutos. Um teste de flexão isométrica máxima de cotovelo (FIMC) foi realizado unilateralmente nos flexores de cotovelo em 90º antes e imediatamente após os protocolos de força. A avaliação mioelétrica do bíceps braquial foi realizada durante o teste de FIMC, antes e imediatamente após os protocolos de força. Para a variável load foi verificada diferença significante entre os protocolos de força: Hipertrofia x Potência (P<0,001, TE=3,15, Δ%=57%); Hipertrofia x Máxima (P=0,03, TE=0,85, Δ%=18,8%); Máxima x Potência (P<0,001, TE=3,54, Δ%=65%). Para a variável, pico de força isométrica dos flexores de cotovelo foram verificadas diferenças significantes entre as condições pré e pós-treino para os protocolos de Hipertrofia (P<0,001, TE=0,90, Δ%=20%) e de Máxima (P=0,002, TE=1,08, Δ%=22,5%). Não foi observada diferença significante entre as condições pré e pós-treino para o protocolo de Potência (Δ%=2%). Não foram observadas diferenças significantes entre protocolos de força na condição pré-treino ou pós-treino. Para a variável IEMG e frequência mediana não foram verificadas diferenças significantes entre condições (pré e pós-treino). Conclui-se que os protocolos de treinamento de força apresentam diferenças, sendo que a FM e H apresentam maiores valores médios de Load e nível de fadiga neuromuscular (baseado na variável dependente pico de força), quando comparados ao de potência. Todos os protocolos analisados não alteraram o padrão de ativação muscular do bíceps braquial frente ao exercício de flexão do cotovelo isométrico, em sujeitos treinados.

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