Resumo

O objetivo do presente estudo foi comparar a diferença hormonal (cortisol) entre os sexos, especialidades do nado e desempenho dos nadadores adolescentes, verificar a existência das relações entre cortisol e aspectos cognitivos, entre 35 nadadores média de idade 15,41 ± 0,51 anos, avaliados durante o Campeonato Brasileiro Juvenil de Natação. Além disso, foram utilizados questionários, Ansiedade do Estado Competitivo (CSAI-2) e caracterização sociodemográfica. Também foram efetuadas coletas salivares. As nadadoras apresentaram maior ansiedade cognitiva (22,28 ± 5,16) vs masculino (16,84 ± 6,15, p = 0,012), ansiedade somática feminino (19,14 ± 5,43) vs masculino (15,15 ± 2,40, p = 0,008). Os velocistas apresentaram maior ansiedade somática (18,43 ± 4,80) do que nadadores de meia e longa distância vs meio fundo e fundo (15,35 ± 3,46, p = 0,042). Nadadores com baixo desempenho mostraram maior ansiedade cognitiva (21,80 ± 6,42) quando comparado a atletas de alto desempenho (17,55 ± 5,07, p = 0,049). Os velocistas exibiram maiores níveis de cortisol pré-competição (0,41 ± 0,12). Nadadores do sexo masculino apresentaram relações negativas entre ansiedade cognitiva e autoconfiança (r = -0,56; p = 0,001), ansiedade somática (r = -0,45; p = 0,001), bem como nadadores de média e longa distância (r = -0,52, p = 0,001) e nadadores de alto desempenho (r = -0,78, p = 0,001). Do mesmo modo, foi encontrado uma relação psicofisiológica nos atletas de baixo desempenho entre ansiedade somática e cortisol pré-competição (r = -0,50; p = 0,002). Portanto, treinadores e demais envolvidos na preparação destes atletas podem utilizar a medida biológica do cortisol salivar como marcador de ansiedade e desempenho esportivo em nadadores jovens.

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