Resumo

Historicamente, as práticas corporais aquáticas sempre foram utilizadas como meio recreativo e terapêutico. Segundo Skinner e Thomson (1985), Hipócrates, utilizava para tratamento de enfermidades a água. Na Grécia Antiga, Homero deixou em suas escrituras o uso da água para alcançar cura, e cansaço muscular. Com o passar do tempo foram desenvolvidas técnicas e/ou alternativas visando potencializar essa característica recuperativa da água. Atualmente a prática da hidroginástica continua com seu papel no sentido da recuperação das dimensões corporais em seu sentido mais amplo. Seu caráter social, a partir da relação com o outro tem contribuído para interação social. No universo idoso, estudos apontam que contribui significativamente para um envelhecimento saudável e qualitativo, tanto pelas relações lúdicas com a água, quanto pelas práticas aquáticas prazerosas e criativas que proporcionam aos participantes autoconhecimento corporal, autonomia e criatividade na gestualidade. Nosso objetivo é avaliar como as práticas corporais de hidroginástica contribui no processo de (re)significação das práticas de lazer e na qualidade de vida do universo do idoso, buscando problematizar a todo momento nossas ações para estimular a reflexão dos envolvidos no projeto com as suas realidades. O envelhecimento saudável do ser humano é muito importante para garantir uma qualidade de vida qualitativa, como nos alertam os estudos de Silvestre e Costa Neto (2003). Segundo Freire (1996, p.35) “[...] O velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca presença no tempo continua novo[...]”. Uma prática lúdico-educativa, integrativa e socializadora contribuem para potencializar as subjetividades e as relações entre seus praticantes. A hidroginástica, ao ser vivida nestas dimensões, assegura uma concepção de formação do ser em suas diferentes dimensões e evidencia suas interações e experimentações.

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