Resumo

Hoje em dia, não vemos mais crianças brincando na rua com tanta freqüência
como antigamente, contudo, a rua ainda é o lugar pre ferido para o
desenvolvimento das brincadeiras. Crianças que moram em periferias têm maior
contato com o lúdico, enquanto outras não tiveram a oportunidade de brincar,
vivem em um mundo cada vez mais tecnológico onde brincadeiras tradicionais
parecem não existir. Muitas nem mesmo sabem que o brincar faz parte da
infância. Os adultos esquecem que ao brincar as crianças têm suas necessidades
e interesses satisfeitos e lhe atribuem deveres e obrigações que preenchem o
tempo que outrora lhe era reservado para brincar. O PROJETO: CRIANÇAS
BRINQUEMOS JUNTAS/JOGOS TRADICIONAIS tem por objetivo
reviver os brinquedos tradicionais. Realizado nas dependências do Centro
Universitário Nilton Lins, envolve aproximadamente 150 crianças que se
divertem brincando de papagaio; peão; perna-de-pau; pé-de-lata; bambolês;
carrinho de rolimã; canga-pé; gêmerson; chinelão; corda; bolinha de gude;
corrida de pneus; taco-bol; etc. São vários os fatores que contribuem para o
esquecimento das brincadeiras tradicionais: proliferação de conjuntos
habitacionais; diminuição das áreas verdes e parques. Com o crescimento das
cidades e o tráfego de automóveis ficando mais intenso, os pais por medida de
segurança prendem seus filhos em casa substituindo as brincadeiras com
brinquedos eletrônicos ou deveres e obrigações escolares. O desaparecimento
das brincadeiras tradicionais parece estar contribuindo para o surgimento de
adolescentes agressivos; para o alto índice de obesidade infantil; e outros
problemas comportamentais. Reviver as brincadeiras tradicionais é devolver
às crianças o direito de sonhar. As crianças necessitam dessas atividades como
meio para estimular sua criatividade; estruturar sua personalidade; e a
desenvolver-se socialmente. Aspectos que as acompanharão pelo resto de suas
vidas.

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