Resumo

O processo de envelhecimento se associa ao desenvolvimento de várias doenças, que podem ser amenizadas pela prática de atividades físicas. Porém, quando essa atividade é realizada de forma inadequada, excedendo a capacidade do praticante, pode trazer riscos. Essa inadequação é principalmente observada quando a prática é feita sem orientação, o que muitas vezes ocorre em locais públicos. Este estudo objetivou descrever nos freqüentadores maiores de 60 anos do Parque Fernando Costa, o risco cardiovascular, a atividade física praticada e a condição física. Foram avaliadas 44 pessoas (67±5 anos), que responderam um questionário (doenças e fatores de risco cardiovascular e exercícios praticados) e tiveram dados antropométricos (peso e altura), cardiovasculares (pressão arterial), bioquímicos (glicemia e colesterol) e de condição física (condicionamento cardiovascular, força de membros superiores, inferiores e abdominal, e flexibilidade de ombros e lombar) medidos. Dos entrevistados, 14% eram cardiopatas e 34% apresentaram sintomas cardiovasculares. Além disso, 70% tinham pelo menos um fator de risco cardiovascular (52% hipertensão, 14% diabetes, 23% hipercolesterolemia, 16% obesidade e 9% sedentarismo). O número de pessoas ativas foi alto (91%), sendo a atividade mais praticada a aeróbia (92%), 3 a 5 vezes por semana (57%), 30 a 60 min (96%) e de intensidade moderada (75%). Quanto à capacidade física, os idosos apresentaram resultados dentro das médias esperadas para a idade. Em conclusão, o risco cardiovascular entre os idosos do parque encontra-se elevado, porém a prática de atividade física e a aptidão física foram adequadas para a faixa etária e para a manutenção da saúde cardiovascular. PALAVRAS-CHAVE: idosos, atividade física, parques públicos, risco cardiovascular, condicionamento físico.