Risco Cardiovascular, Aptidão Física e Prática de Atividade Física de Idosos de Um Parque de São Paulo
Por Thais Teixeira de Mendonça (Autor), Rodrigo Eijhi Ito (Autor), Teresa Bartholomeu (Autor), Tais Tinucci (Autor), Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 12, n 2, 2004. Da página 19 a 24
Resumo
O processo de envelhecimento se associa ao desenvolvimento de várias doenças, que podem ser amenizadas pela prática de atividades físicas. Porém, quando essa atividade é realizada de forma inadequada, excedendo a capacidade do praticante, pode trazer riscos. Essa inadequação é principalmente observada quando a prática é feita sem orientação, o que muitas vezes ocorre em locais públicos. Este estudo objetivou descrever nos freqüentadores maiores de 60 anos do Parque Fernando Costa, o risco cardiovascular, a atividade física praticada e a condição física. Foram avaliadas 44 pessoas (67±5 anos), que responderam um questionário (doenças e fatores de risco cardiovascular e exercícios praticados) e tiveram dados antropométricos (peso e altura), cardiovasculares (pressão arterial), bioquímicos (glicemia e colesterol) e de condição física (condicionamento cardiovascular, força de membros superiores, inferiores e abdominal, e flexibilidade de ombros e lombar) medidos. Dos entrevistados, 14% eram cardiopatas e 34% apresentaram sintomas cardiovasculares. Além disso, 70% tinham pelo menos um fator de risco cardiovascular (52% hipertensão, 14% diabetes, 23% hipercolesterolemia, 16% obesidade e 9% sedentarismo). O número de pessoas ativas foi alto (91%), sendo a atividade mais praticada a aeróbia (92%), 3 a 5 vezes por semana (57%), 30 a 60 min (96%) e de intensidade moderada (75%). Quanto à capacidade física, os idosos apresentaram resultados dentro das médias esperadas para a idade. Em conclusão, o risco cardiovascular entre os idosos do parque encontra-se elevado, porém a prática de atividade física e a aptidão física foram adequadas para a faixa etária e para a manutenção da saúde cardiovascular. PALAVRAS-CHAVE: idosos, atividade física, parques públicos, risco cardiovascular, condicionamento físico.