Resumo

Introdução: O eventual risco cardiovascular em pacientes HIV/Aids aumentou com o advento dos antirretrovirais, pois o uso contínuo dos mesmos aumenta as chances de alterações metabólicas. Diante disso, ser fisicamente ativo pode ser uma das formas de tentar minimizar esses efeitos deletérios. Objetivo: Analisar o risco cardiovascular e o nível de atividade física em pacientes com HIV/Aids. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 128 pacientes portadores de HIV/Aids, acompanhados em um Ambulatório do município de Santarém-PA. Identificou-se o nível de atividade física por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ-versão curta). Para analisar o eventual risco cardiovascular, utilizou-se o Escore de Risco Framingham, que requer as seguintes variáveis: pressão arterial sistólica e diastólica; valores de HDL-c; colesterol total; idade; gênero; presença de tabagismo; e o diagnóstico de diabetes mellitus. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial, sendo esta por meio do teste Qui-quadrado e o Odds Ratio. O programa utilizado foi o BioEstat 5.0, com nível de significância de p<0.05. Resultados: A amostra foi composta por 60% do gênero masculino e a média de idade foi de 39,71±12,37 anos. O nível de atividade física demonstrou que ocorreu predominância de inativos (sedentários + insuficientemente ativo = 67%) e o Escore de Framingham apontou que 91% dos pacientes apresentaram baixo risco. Os valores de pressão arterial, na maioria, foram adequados, bem como, o colesterol total e a HDL-c para os homens (57%). Já a HDL-c nas mulheres predominou com valores inadequados (76%). A Tabela 1 apresenta a associação do risco cardiovascular com o nível de atividade física, com o tempo de uso da terapia antirretroviral e do diagnóstico da infecção pelo HIV. Conclusão: Conclui-se, conforme metodologia proposta, que risco cardiovascular não apresentou associação com o nível de atividade física, apenas com o tempo de diagnóstico para a infecção pelo HIV. Contudo, chama-se a atenção para os valores baixos de HDL-c, principalmente, nas mulheres e do elevado percentual de pacientes inativos.

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