Risco Cardiovascular de Usuários Ativos, Insuficientemente Ativos e Inativos de Parques Públicos
Por Gustavo Fernades de Oliveira (Autor), Teresa Bartholomeu (Autor), Tais Tinucci (Autor), Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 10, n 2, 2008. Da página 170 a -
Resumo
Introdução: A prática de atividades físicas tem sido recomendada para a prevenção e reabilitação cardíacas. Porém, quando feita de maneira inadequada, o que ocorre mais freqüentemente na ausência de supervisão em locais públicos, esta prática pode se associar ao aumento do risco de acometimentos cardiovasculares. Objetivo: Comparar o risco cardiovascular de freqüentadores de parques públicos de São Paulo com diferentes níveis de prática de atividade física – ativos, insuficientemente ativos e inativos. Métodos: A avaliação constou de questionário sobre a presença de doenças, sintomas e fatores de risco cardiovasculares e sobre a prática de atividade física, além de medidas antropométricas e da pressão arterial. Resultados: Não houve diferença significante na prevalência de doenças e fatores de risco controláveis entre os grupos. Porém, os inativos apresentaram maior prevalência de sintomas cardiovasculares (34%). Quanto aos fatores não-controláveis, a prevalência do fator sexo/idade foi maior nos ativos (50%) e insuficientemente ativo (45%), e a hereditariedade foi mais observada nos inativos (35%). Além disso, não foram observadas diferenças entre os grupos nas medidas de obesidade e pressão arterial. Por fim, observou-se que os ativos e insuficientemente ativos têm maior conhecimento sobre sua saúde e possuem mais recomendação médica para a prática de atividade física. Conclusão: Esses dados indicam que grande parte dos praticantes de atividades físicas nos parques é formada por idosos e apresenta risco cardiovascular moderado a alto para esta prática, o que levanta a importância da presença de um profissional da área de atividade física nesses locais.