Risco da Terapia Farmacológica com Hipoglicemiantes em Idosos Que Praticam Atividades Físicas
Por Harém Oliveira Rocha (Autor), Marden Augusto de Souza Batista (Autor), Ilana Braga Costa (Autor), Suelen Cristina da Silva (Autor), Thiago Faria Gonçalves (Autor), Frederico Santos de Santana (Autor), Alex Luiz de Oliveira (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A atividade física é tida como a primeira linha de tratamento não farmacológico para pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Os benefícios fisiológicos proporcionados pela realização de exercícios físicos incluem melhorias no controle glicêmico, pressão arterial e perfil lipídico. A hipoglicemia é uma das principais adversidades clínicas para pessoas com diabetes fisicamente ativas e é importante considerar potenciais interações e efeitos adversos de medicamentos hipoglicemiantes em indivíduos praticantes de atividade física. Objetivo: Apresentar possíveis adversidades relacionadas ao risco da terapia farmacológica com hipoglicemiantes em idosos que praticam atividades físicas. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo transversal em idosos praticantes de atividades físicas no Centro Universitário Unieuro – Brasília – DF. A técnica empregada para o levantamento de dados foi por meio de questionários preenchidos por um avaliador externo a equipe de educadores físicos em momento distinto das atividades físicas. Resultados: Foram avaliados 39 pacientes, 35 (89,7%) do gênero feminino e 4 (10,2%) do gênero masculino, com idade média de 66,4 anos (± 5,6). No estudo analisado, 11 pacientes (28,2%) fazem uso de hipoglicemiantes, dentre os quais 9 pacientes (81,8%) fazem tratamento com biguanidas, 1 (9%) com sulfonilureia e 1 (9%) com inibidor da SGLT2. Além disso, 6 pacientes (15,7%) utilizam betabloqueadores. Destes, 1 paciente (16,6%) também faz uso de hipoglicemiante. A interação entre hipoglicemiantes e betabloqueadores pode resultar intolerância à glicose e mascarar os sintomas da hipoglicemia em idosos com diabetes. Conclusão: Para aqueles que fazem uso concomitante de betabloqueador e hipoglicemiante, deve-se monitorar os níveis séricos de glicose. Os que apresentam hipoglicemia recorrente após a prática de exercício físico, devem ser orientados a procurar auxílio médico e nutricional a fim de sanar os efeitos hipoglicemiantes do exercício físico.