Resumo

Introdução: A atividade física é tida como a primeira linha de tratamento não farmacológico para pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Os benefícios fisiológicos proporcionados pela realização de exercícios físicos incluem melhorias no controle glicêmico, pressão arterial e perfil lipídico. A hipoglicemia é uma das principais adversidades clínicas para pessoas com diabetes fisicamente ativas e é importante considerar potenciais interações e efeitos adversos de medicamentos hipoglicemiantes em indivíduos praticantes de atividade física. Objetivo: Apresentar possíveis adversidades relacionadas ao risco da terapia farmacológica com hipoglicemiantes em idosos que praticam atividades físicas. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo transversal em idosos praticantes de atividades físicas no Centro Universitário Unieuro – Brasília – DF. A técnica empregada para o levantamento de dados foi por meio de questionários preenchidos por um avaliador externo a equipe de educadores físicos em momento distinto das atividades físicas. Resultados: Foram avaliados 39 pacientes, 35 (89,7%) do gênero feminino e 4 (10,2%) do gênero masculino, com idade média de 66,4 anos (± 5,6). No estudo analisado, 11 pacientes (28,2%) fazem uso de hipoglicemiantes, dentre os quais 9 pacientes (81,8%) fazem tratamento com biguanidas, 1 (9%) com sulfonilureia e 1 (9%) com inibidor da SGLT2. Além disso, 6 pacientes (15,7%) utilizam betabloqueadores. Destes, 1 paciente (16,6%) também faz uso de hipoglicemiante. A interação entre hipoglicemiantes e betabloqueadores pode resultar intolerância à glicose e mascarar os sintomas da hipoglicemia em idosos com diabetes. Conclusão: Para aqueles que fazem uso concomitante de betabloqueador e hipoglicemiante, deve-se monitorar os níveis séricos de glicose. Os que apresentam hipoglicemia recorrente após a prática de exercício físico, devem ser orientados a procurar auxílio médico e nutricional a fim de sanar os efeitos hipoglicemiantes do exercício físico.

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